Ofício com questionamentos do ex-deputado foi encaminhado a Temer nessa terça-feira; presidente é testemunha de defesa e tem 10 dias para responder.
A Justiça Federal no DF encaminhou ao presidente Michel Temer um ofício com perguntas formuladas pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) acerca do suposto esquema criminoso envolvendo a liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
Temer foi indicado por Eduardo Cunha como testemunha de defesa e tem dez dias para responder aos 22 questionamentos, enviados pela 10ª Vara Federal de Brasília nessa terça-feira (4).
O ex-deputado é réu ao lado do ex-ministro Henrique Eduardo Alves e do lobista Lúcio Funaro em ações penais decorrentes das investigações das operações Sépsis e Cui Buono. Além deles, também são réus o empresário Alexandre Margotto e o ex-vice da Caixa Fábio Cleto, que fecharam acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
O esquema investigado diz respeito à suposta atuação do grupo para favorecer a liberação de recursos da Caixa mediante o pagamento de propina de empresas a agentes políticos e operadores.
As investigações também têm como alvo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na segunda-feira (3) por suspeita de tentar atrapalhar as apurações. Embora esteja preso preventivamente, Geddel até o momento não é alvo de uma ação penal.
Entre as perguntas formuladas pelo ex-deputado, Cunha volta a questionar Temer sobre sua relação com Moreira Franco e menciona doações para a campanha de Gabriel Chalita em 2012.
Depoimentos
Além de Michel Temer, também compõem o ról de testemunhas do processo judicial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que prestaram depoimentos nessa terça-feira.
O juízo da 10ª Vara Federal ouve nesta quarta-feira (5) o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes , que também foi arrolado como testemunha de defesa de Cunha.
Paes responde a questionamentos acerca das obras para a construção do Porto Maravilha , projeto de revitalização da zona portuária do Rio. De acordo com os procuradores que atuam nas investigações, houve pagamento de propina a Eduardo Cunha em decorrência da liberação de recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviçp (FI-FGTS).
Fonte: Brasil Econômico
