A quarta-feira que vai salvar Temer está próxima. Mas e depois, como vai ser?

Parece não restar dúvidas que Temer vai, de novo, se livrar de ser julgado pelo STF. Já aprovar qualquer coisa parecida com reformas em ano eleitoral parece uma missão mais difícil .

A semana começa com o país de olho no que vai acontecer no plenário da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (25), quando os 513 deputados votam de novo uma denúncia criminal contra o presidente Michel Temer (PMDB). Dessa vez, acusado de chefe de organização criminosa e de obstrução de justiça.

Parece não restar dúvidas de que Temer vai, de novo, se livrar de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e de ter que deixar o Palácio do Planalto antes da hora.

A expectativa é sobre o número de votos pró e contra o presidente. Ele terá mais ou menos que os 263 votos favoráveis no último 2 de agosto, quando foi salvo pela base do governo, boa parte comprada com favores, como emendas, cargos e até presença nas comitivas em viagens internacionais do presidente, no conforto do avião presidencial e da boa comida e hospedagem no exterior.

As contas dos próprios governistas é que esse número vai cair, mas não vai tirar Temer do cargo. Para isso, são necessários 342 votos contra o relatório de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), o aliado do senador Aécio Neves que deu um parecer que foi muito mais além do que simplesmente inocentar o presidente, mas que condenou as atuações do Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário.

A oposição amealhou 227 votos na primeira denúncia. Não foi um desempenho ruim, dado a negociata e o preço pago pelo governo para salvar Temer. Ainda está longe dos 342. Mas os opositores sonham com uma derrota vitoriosa. Sim, isso existe. É perder ganhando. Pode não alcançar os 342, mas quer vencer Temer no placar, ainda que não atinja o intento de afastá-lo.

Já se pensa no pós-votação. O que irá acontecer ao país. Qual a agenda de um Congresso Nacional já quase na véspera da eleições de 2018? Temer sairá forte os suficiente para implementar qualquer coisa parecida com reformas? A grande maioria dos 513 deputados vai buscar a reeleição. No Senado, dois terços dos 81 senadores encerram seus mandatos. O que a tradição mostra é que pouco se produz nesses períodos.

Fonte: Gazeta do Povo

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