Campanha 2018: Caixa não avança nas negociações

Campanha 2018: Caixa não avança nas negociações

Quarta rodada com representantes do banco público, na quinta 2, não resultou em respostas à demandas cruciais para os trabalhadores como Saúde Caixa, PLR e PLR Social; Empregados cobram proposta no dia 7.

A expectativa dos empregados da Caixa de resolver impasses na quarta negociação com representantes do banco público na Campanha dos Bancários 2018, realizada na quinta 2, novamente foi frustrada. Não foram apresentadas pelos representantes da Caixa quaisquer propostas em relação a questão do corte de mais da metade da PLR e não pagamento da PLR Social, Saúde Caixa, descomissionamento de gestantes, contratações, manutenção de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho e garantias contra prejuízos da nova legislação trabalhista.

Mais uma vez, os representantes da Caixa não avançaram nas negociações. Não ofereceram nenhuma resposta quanto às nossas reivindicações. Pelo contrário, reafirmaram a intenção de retirar conquistas históricas dos empregados.

Diante desse desrespeito com os empregados, cobramos da Caixa que apresente proposta no dia 7, mesmo dia em que a Fenaban se comprometeu a apresentar sua proposta global aos bancários. Somente a mobilização e união de todos será capaz de defender conquistas históricas como o nosso Acordo Coletivo de Trabalho, o Saúde Caixa, a PLR e a PLR Social.

PLR e PLR Social

Quanto as ameaças de corte de mais da metade do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e do fim da PLR Social, a Caixa não apresentou nenhuma proposta.

Por meio de decisão do governo ilegítimo e seus apoiadores que dominam o Conselho de Administração (CA da Caixa), foi determinado que a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) será limitada a 25% do valor pago ao Tesouro na forma de dividendos, que por sua vez tem representado 25% do lucro líquido do banco. Assim, o valor distribuído aos empregados seria limitado ao teto de 6,25% do lucro líquido do banco, o que acarretaria em um corte de mais da metade da PLR creditada aos trabalhadores.

Os representantes do banco público na mesa de negociação reafirmaram que não obtiveram ainda autorização pelo governo federal para o pagamento da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro distribuído linearmente a todos empregados, valorizando assim o papel social do trabalho exercido pelos trabalhadores do banco público.

Saúde Caixa

Sobre o Saúde Caixa, a Caixa não apresentou qualquer proposta e reafirmou que irá implementar a resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) que, dentre outros pontos prejudiciais, exclui os aposentados atuais e futuros do plano de saúde; elimina contribuição por grupo familiar; e “quebra a solidariedade”, o princípio pelo qual os empregados contribuem da mesma forma, independentemente do tempo de banco e a idade.

O acordo de dois anos manteve os empregados protegidos contra aumentos abusivos, mas com seu fim eminente, a direção do banco, sob ordens do governo Temer, ameaça com a imediata retirada do nosso direito à saúde. Os empregados têm de se mobilizar na campanha Saúde Caixa, Eu Defendo! Nenhum direito a menos! e apoiar o PDC 956/2018, que propõe a revogação da resolução 23 da CGPAR.

ACT 

Com relação à manutenção de todos os direitos contidos no Acordo Coletivo de Trabalho específico dos empregados da Caixa, sua validade para todos, independentemente da remuneração, e garantias contra prejuízos contidos na nova legislação trabalhista, os representantes do banco público não apresentaram nenhuma proposta.

Contratações

Mais uma vez, a CEE/Caixa cobrou que os aprovados em concursos da Caixa sejam convocados pelo banco público e que novos concursos sejam realizados para reduzir a enorme sobrecarga de trabalha a qual os empregados estão submetidos.

Os representantes da Caixa reafirmaram que o banco público não tem qualquer intenção de convocar aprovados ou realizar novos concursos nesse momento. Para piorar, informaram que existe a possibilidade de contratação de temporários.

Os representantes dos empregados cobram a revogação do RH 037, que foi adaptado a nova legislação trabalhista para permitir a contratação de temporários pela Caixa em atividade fim.

A CEE/Caixa cobra a revogação do RH 037, que foi adaptado  a nova legislação trabalhista para permitir a contratação de temporários pela Caixa em atividade fim.

Descomissionamento de gestantes 

Sobre a cobrança dos empregados da Caixa pelo fim do descomissionamento de gestantes, a Caixa também não apresentou proposta.

Dependência química de álcool e outras drogas

Sobre o reconhecimento da dependência química de álcool e outras drogas como doença, propiciando atendimento ao empregado, equipe de trabalho e grupo familiar por equipe multidisciplinar formada por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, a Caixa se dispôs a trazer o debate para o PRO (Programa de Reabilitação Ocupacional).

Fonte: Movimento Sindical

 

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