O Banco do Brasil tenta armar uma cilada aos funcionários. Embora tenha sinalizado que pretende renovar as cláusulas que tratam sobre saúde, a direção da instituição financeira quer reduzir de 3 para 1 o ciclo avaliatório da GDP (Gestão de Desempenho Profissional). Quer dizer, de um ano e meio para apenas um semestre.
A proposta foi feita durante a negociação por videoconferência, realizada nesta sexta-feira (14/08). Segundo o banco, a intenção é readequar à realidade dos gestores, submetidos a apenas um ciclo. Mas, para os representantes dos bancários, a redução é inaceitável e foi recusada de cara.
Importante ressaltar que na pauta específica os funcionários reivindicam a ampliação dos ciclos também para os gerentes gerais. A ideia do BB soa como deboche à categoria, pois ao contrário do que sugere o banco, os bancários pediram na minuta a ampliação do prazo, tendo em vista a crise sanitária, o que dificulta qualquer cumprimento de meta.
Outro assunto amplamente debatido e questionado pela Comissão de Negociação é a cobrança de metas, que, por incrível que pareça, se intensificou absurdamente durante à pandemia causada pelo novo coronavírus. As pessoas que estão em home office recebem mensagens a qualquer hora do dia. Isso inclusive diminui a produtividade do funcionário, que tem de parar toda hora para responder ao gestor pelo Whatsapp e não tem tranquilidade para trabalhar.
Não é só isso. O bancário que está nas agências, na linha de frente de atendimento, está sobrecarregado e ainda sendo pressionado para bater meta, inclusive individualizada. Um excesso de cobrança que aumenta o adoecimento. A categoria é uma das que mais adoece. Entre 2009 e 2013, o INSS registrou aumento de 40,4% no total de benefícios concedidos aos bancários. Para as demais categorias, a elevação foi de 26,2%.
Os negociadores também cobraram do BB a implantação de uma mesa específica para tratar sobre as condições de trabalho diante da crise da Covid-19. A reunião sobre o assunto já está marcada e acontece na segunda-feira (17/08), logo depois da rodada sobre igualdade de oportunidades e cláusulas sociais.
Fonte: Movimento Sindical

