Além de recusar as reivindicações dos funcionários na negociação desta quarta-feira (19/08), os representantes do Mercantil do Brasil cogitaram a possibilidade de firmar acordos individuais diretamente com os trabalhadores. O banco se comprometeu em encaminhar a nova proposta até quinta-feira (20/08) e uma nova reunião está agendada para dia 25, às 10h.
A intenção da COE (Comissão de Organização dos Empregados) é negociar coletivamente a favor dos mais de 100 bancários afastados por conta da pandemia de Covid-19 e que não estão em trabalho remoto.
Na contraproposta sobre o Acordo Coletivo de Trabalho para disciplinar os planos emergenciais, no intuito de proteger o emprego, o movimento sindical pediu o abono de todas as horas extras negativas até 30 de junho, possibilidade de compensação das horas não trabalhadas até 31 de maio de 2021. Ainda deságio de 30% no total de horas devidas a partir do dia 1º de julho de 2020 e que as horas trabalhadas aos sábados, domingos e feriados e as horas noturnas não sejam computadas no banco de horas e sim pagas como horas extras.
Além de validade do banco de horas até 31 de maio de 2021 e que seja feito o pagamento de todas as horas extras existentes de acordo com a CCT Fenaban após essa data e a redução de, no máximo, 25% do salário e que o banco complete a renda até o valor do salário líquido para não haver prejuízo para os bancários.
O Mercantil insistiu na redução de 50% dos salários dos trabalhadores que se encontram afastados e sem home office e a suspensão temporária do contrato de trabalho. Os acordos individuais são prejudicais e os funcionários ficarão sujeitos a pressões e ameaças, além de não conseguirem manter nem sequer os direitos garantidos pela lei específica.
Fonte: Movimento Sindical

