Em mais um ataque do governo Bolsonaro aos trabalhadores das estatais, a direção do Banco do Brasil quer reduzir a PLR linear paga pelo programa próprio da instituição financeira. A reunião desta segunda-feira (24/08) seguiu a mesma linha de tentar rebaixar salários e de corte de direitos das últimas discussões.
A Comissão de Empresa dos Funcionários considera a proposta, que afetará a renda dos empregados, inaceitável. Pelo Acordo Coletivo de Trabalho em vigência, o BB distribui 4% do lucro líquido linearmente entre os bancários. Agora, quer que o percentual seja reduzido para 2%.
Os bancários já estavam apreensivos com a redução proposta na mesa única de negociações da Fenaban, que levava a uma queda de até 48% do valor pago à categoria. Com o corte de 50% do programa próprio do banco, o valor cairá ainda mais. No caso dos salários de ingresso (escriturários e caixa), a redução chega a 42% do valor.
Os negociadores reforçaram que os trabalhadores não vão aceitar a retirada dos direitos conquistados com muita luta. É fundamental a mobilização dos funcionários do BB para resistirem a mais este ataque do governo Bolsonaro.
Desde o início das negociações, o Banco do Brasil propôs a redução do tempo de avaliação necessário para retirada de comissão de função, quis proibir a acumulação e venda dos cinco dias de folga que o funcionário tem direito a cada ano, além de ter tentado acabar com o descanso de 10 minutos a cada hora para os empregados do autoatendimento.
Fonte: Movimento Sindical

