Um reajuste com aumento real é possível e pode ser oferecido pelos bancos aos trabalhadores bancários. Conforme resultados divulgados, no primeiro semestre, os bancos cresceram seus lucros em 27%, em relação ao mesmo período em 2014. Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa lucraram R$ 36, 3 bilhões.
Também é de conhecimento de todos que as instituições financeiras, nos últimos 3 anos, multiplicaram suas tarifas em nove vezes mais em relação à inflação acumulada no período. Isso, sem contar nos juros aplicados nos cartões de crédito e cheque especial, que foram altíssimos e arrecadaram mais números positivos na contabilidade dos bancos. Entretanto, a oferta apresentada para reajuste dos salários dos bancários é de 5,5% de aumento, menos que a própria inflação acumulada no período (9,88%).
Vejam que os metalúrgicos, nessa semana, fecharam um acordo de reajuste que trouxe a recomposição inflacionária do período. O Sindicato do ABC aprovou proposta que prevê 9,88% de reajuste, sendo 7,88% na data-base e 2%, em fevereiro. O quadro do setor da metalurgia não chega nem de perto ao do setor financeiro, sendo que algumas industrias registraram perdas nos lucros de até 70%.
Como pode os bancos sequer apresentarem a recomposição da inflação?
Os bancários merecem justiça! Vamos à luta!
Em busca dessa justiça, a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC orienta a continuidade da greve por tempo indeterminado, até que os bancos apresentem nova contraproposta melhorada.
Fonte: CONTEC
