Fenaban oferece 8,75% e Comissão Nacional rejeita na mesa de negociação

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu um reajuste de 8,75% na negociação realizada nesta quarta-feira (21), em São Paulo. A Comissão Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa e voltou a reafirmar que espera negociar aumento real.

As negociações foram encerradas por hoje, porém amanhã (22), serão retomadas às 14 horas.

Ontem (20), a Fenaban havia oferecido 7,5%, proposta também rejeitada no local de negociação pela Comissão Nacional. A orientação para a categoria é que a greve continua em todo o Brasil.

– Greve continua a crescer no 16º dia e atinge 12.603 agências e 35 centros administrativos em todo o Brasil

A Greve Nacional dos Bancários continua a crescer. Nesta quarta-feira (21), 16º dia de greve, 12.603 agências e 35 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. É a maior paralisação de agências desde o início das mobilizações, em 6 de outubro.

A revolta da categoria cresce junto com a greve. E não é à toa. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na contramão dos lucros exorbitantes, de janeiro a agosto de 2015, foram fechados 6.003 postos de trabalho no setor financeiro, segundo um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O saldo negativo do período resultou de 23.807 admissões contra 29.810 desligamentos. De acordo com a análise por Setor de Atividade Econômica (CNAE) os cortes de empregos estão concentrados nos Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, categoria que engloba grandes instituições como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e Caixa que, sozinha, respondeu pelo corte de 2.261 postos de trabalho em oito meses. Já os outros bancos, juntos, foram responsáveis por 3.793 demissões no mesmo período.

Reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Movimento Sindical

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