Sistema bancário vive caos durante pandemia. Sindicato vê alto risco de tragédia

Incluído entre os serviços essenciais à população durante a pandemia do novo coronavírus, o atendimento bancário não foi capaz de se estruturar adequadamente e vive uma situação de caos. O drama dos bancários e da população está exposto nas condições desumanas das filas intermináveis na porta das agências, na falta de protocolos e de observância a medidas de prevenção ao contágio e à disseminação do vírus entre bancários e usuários, e mesmo na incapacidade dos bancos de assegurarem atendimento pleno à demanda por serviços tidos como indispensáveis.

O Sindicato caracteriza como insustentável o quadro de desorganização observado no sistema bancário e alerta paro o risco iminente de uma tragédia por contaminação em larga escala e significativa perda de vidas de bancários e dos que buscam atendimento nas agências.

As agências da Caixa expõem o caos do sistema por falta de planejamento mínimo e de estratégia de organização do atendimento aos beneficiários do auxílio emergencial concedido a trabalhadores autônomos e desempregados por conta da pandemia. Os problemas afetam também agências dos demais Bancos, como também, as casas lotéricas.

“O trabalho dos bancários da Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem sido muito importante para os brasileiros nesse momento. A população reclama das filas, mas isso não é culpa do trabalhador, e sim da falta de planejamento do governo. A pandemia está mostrando a importância desses trabalhadores e dos bancos públicos na execução de políticas públicas”, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de Ponte Nova e Região, José Carlos Barbosa
Silva.

Ao exercerem uma atividade essencial à população, os bancários estão expostos a riscos todos os dias. Com isso, centenas de trabalhadores dos bancos se contaminaram por coronavírus e dezenas vieram a óbito em todo país.

“As demissões e a falta de condições de trabalho prejudicam a qualidade do atendimento. O bancário tenta atender a população da melhor maneira possível, mas o banco precisa contribuir para isso. Com a política do lucro a qualquer custo que vigora hoje, perde o trabalhador, perde a população”, ressalta José Carlos.

Houve ainda o fechamento de inúmeras gências bancárias no país, desde o início da pandemia. Mesmo que a tecnologia possa auxiliar na realização de serviços bancários, a população precisa de um profissional para solucionar problemas, esclarecer dúvidas, apresentar opções de crédito e entender as necessidades de quem depende desses serviços essenciais.

Fechamento de Agência

Alguns Bancos Privados estão adotando o fechamento das agências para sanitização quando ocorre algum caso de Covid-19 entre seus funcionários. Temos como exemplo, na base territorial deste Sindicato, as agências do Itaú em Ponte Nova e Viçosa.

Por outro lado, os Bancos Públicos (Banco do Brasil e Caixa), seguindo as orientações do governo Bolsonaro, insistem em manter as agências funcionando, mesmo após a contaminação de alguns funcionários, limitando-se  apenas, o afastamento do infectado.

Fonte: SBPNR

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