Brasil tem concentração de renda e perpetua desigualdades

As desigualdades de renda no Brasil são gritantes. Segundo dados do relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), somente 1% da população mais rica do país detém 28,3% da renda, quando a média mundial é de 17,1%, e os 10% mais ricos dominam 42,5%. Por outro lado, os 40% mais pobres possuem 10,4% da renda brasileira.

O Brasil ocupa a terceira posição de pior desigualdade se for considerada apenas a concentração de renda do 1% mais rico, com rendimento médio mensal real do trabalho de R$ 28.659,00, segundo o IBGE. O valor é 33,7 vezes maior do que o rendimento dos 50% com menor renda, com a quantia de R$ 850,00. 

Com tamanha desigualdade, de acordo com a pesquisa, milhares de pessoas não se enxergam como iguais e merecedoras da mesma consideração. Outra percepção é que o poder público existe para servir aos mais abonados e controlar os mais pobres.

O desafio que o país deve enfrentar é reduzir desigualdades e não somente combater a pobreza. Uma ação que poderia diminuir as diferenças seria uma reforma tributária que garantisse taxar os super-ricos, incluindo a volta da tributação sobre dividendos recebidos de empresas, a taxação de grandes heranças e o reajuste da tabela do Imposto de Renda, em que a maior parte da classe média seria isenta. Por enquanto, o que é visto são pobres cada vez mais marginalizados, sem condições mínimas de sobrevivência. 

Fonte: Movimento Sindical

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