Recentemente, o governo ventilou a possibilidade de retomar o pagamento do auxílio emergencial de R$ 200,00 em apenas três parcelas e só para 30 milhões de pessoas. Porém, os movimentos sindicais e sociais reforçam a defesa do retorno do benefício no valor original de R$ 600,00 e para 67,9 milhões de brasileiros, como aconteceu em 2020.
A pandemia não acabou e pobreza só aumenta. A quantia reduzida em três vezes e ainda condicionada à realização de curso profissionalizante, corresponde a menos de um terço do custo da cesta básica. O preço dos alimentos chega a R$ 654,15 e em 12 meses, subiu 26,4%, segundo o Dieese.
O povo está tentando sobreviver e o governo não leva a situação a sério. Impossível que as pessoas que estão desempregadas ou que tiveram a renda drasticamente reduzida, tenham dinheiro para transporte, no caso de cursos presenciais, ou computador ou celular com internet para ter acesso a curso online.
Para se ter ideia da gravidade, o trabalhador remunerado pelo piso nacional (R$ 1,1 mil) teve mais da metade (54,93%) do salário mínimo comprometido em janeiro somente com a compra dos alimentos básicos consumidos por uma pessoa adulta. Mesmo assim, Bolsonaro faz pouco caso do agravamento da pandemia, a perda de renda e do poder de compra do brasileiro, sobretudo para quem está sem receber o auxílio desde dezembro.
Fonte: Movimento Sindical

