“Acabamos de receber comunicação do Ministério da Saúde, da Secretaria de Atenção Especial da Sala do Gabinete, em que estão dizendo que o Exército vai vir hoje aqui, às 18h, confiscar duas carretas nossas”, disse o presidente da Indústria Brasileira de Gases, Newton de Oliveira
O presidente da Indústria Brasileira de Gases, Newton de Oliveira, afirmou ter recebido um comunicado do Ministério da Saúde que o Exército “confiscaria” duas carretas de oxigênio da empresa no fim da tarde desta quinta-feira (18). De acordo com reportagem do blog do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a declaração de Oliveira foi feita durante uma audiência na comissão do Senado responsável pelo acompanhamento das ações de enfrentamento à Covid-19.
“Fomos surpreendidos. Acabamos de receber comunicação do Ministério da Saúde, da Secretaria de Atenção Especial da Sala do Gabinete, em que estão dizendo que o Exército vai vir hoje aqui, às 18h, confiscar duas carretas nossas de oxigênio, e estão também querendo confiscar cilindros. Isso é um absurdo, porque nós vamos ter que deixar clientes sem produto, porque o cobertor é curto”, disse Oliveira.
O assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes, disse que o comunicado se trata de um possível “equívoco administrativo”. “Estávamos apenas consultando as indústrias, para verificar qual seria a melhor opção de requisição desse material. Não é um confisco. É uma requisição prevista em lei. O Ministério da Saúde, na gestão atual, não fez, em momento algum, requisições arbitrárias”, afirmou.
Ainda segundo ele, “toda requisição que nós fizemos foi previamente discutida com o elemento que teria o material requisitado” e que “apenas os excedentes e itens dialogados previamente”, teriam sido demandados.
“Então, se o senhor recebeu essa requisição, por favor, isso foi um equívoco administrativo e o senhor pode desconsiderá-la desde já”, emendou.
Fonte: Brasil 247

