
Destruir o patrimônio nacional é um dos objetivos da necropolítica do governo Bolsonaro. Além dos ataques às estatais brasileiras, como Petrobras, Eletrobras, Caixa e Banco do Brasil, agora mira os parques e florestas nacionais. Por meio de decreto, incluiu, neste mês, cinco parques no PND (Programa Nacional de Desestatização).
As ameaças de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, estão direcionadas ao Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no Rio de Janeiro, aos Parques Nacionais da Serra da Canastra e da Serra do Cipó, em Minas Gerais, ao Parque Nacional de Caparaó, localizado na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo, e a Floresta Nacional de Ipanema, em São Paulo.
Mais claro do que isso impossível. A intenção é entregar à iniciativa privada o direito de explorar serviços de turismo ambiental dentro das unidades de conservação brasileiras. Quer dizer, com bilheteria, trilhas ecológicas, centros de visitação e até hospedagem.
O governo afirma que as privatizações visam explorar o turismo, mas não explica o interesse de empresas de mineração, como a Vale, na administração dos três parques em Minas Gerais. Clara ameaça à sociobiodiversidade.
