
O SUS (Sistema Único de Saúde) precisa incorporar os remédios de ponta contra a Covid-19, já adotados na União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. Atualmente, o Brasil possui apenas uma medicação autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e mesmo assim, não está disponível no SUS.
Fora do Brasil, estão disponíveis no mercado para o tratamento da doença, o paxlovid, molnupiravir e remdesivir. Por aqui, somente o remdesivir está autorizado para uso emergencial. Médicos sanitaristas avaliam que a Agência deve incluir os remédios para a população em geral como medida de urgência, e incorporados imediatamente ao SUS, por não serem baratos e pela necessidade de priorizar a população com comorbidades.
Durante a epidemia de H1N1, em 2008, o governo brasileiro realizou um estoque estratégico de Tamiflu e o mesmo deveria ser realizado agora. No entanto, para tal operação, o governo atual precisa de gestão estratégica para a ação, o que não foi demonstrado durante toda a pandemia atual.
Quando deveria acelerar a avaliação dos tratamentos eficazes, Bolsonaro se esforça para manter vigente o chamado kit Covid, composto de cloroquina, ivermectina e outros remédios comprovadamente ineficazes. Em janeiro, o governo reprovou as novas diretrizes para o SUS, que traziam sugestões baseadas em evidências científicas e vetavam as drogas defendidas pelo presidente.
Fonte: Movimento Sindical
