
O responsável pela escalada inflacionária tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro. A necropolítica ultraliberal do presidente derrubou o poder de compra do brasileiro e agravou o arrocho salarial dos trabalhadores. É o que aponta o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Além da elevação dos preços dos alimentos, dos combustíveis e da energia elétrica, o desmonte da legislação trabalhista e o enfraquecimento da Justiça do Trabalho tornam o cenário ideal para as empresas retirarem direitos e endurecerem as negociações.
O Dieese considerou as campanhas salariais com data-base em janeiro de 2022 e monitoradas pelo Mediador do Ministério do Trabalho. Foram analisados 324 reajustes de salários, sendo 195 de convenções coletivas e 129 de acordos coletivos. Em relação aos resultados de dezembro de 2021, houve alta de 3,2 pontos percentuais no índice de reajustes abaixo da inflação.
Pela análise, em 42% desses reajustes, o aumento ficou abaixo da inflação do período. Outros 23% tiveram a reposição da inflação. Somente 35% tiveram aumentos reais, com ganhos acima da inflação.
A realidade só não foi pior graças à mobilização dos sindicatos. O percentual de reajustes parcelados teve queda. Em novembro do ano passado, 28,8% dos reajustes aprovados seriam pagos em duas ou mais parcelas. Em dezembro, o índice caiu para 21,9%. Já em janeiro, foi a 3,7%.
Fonte: Movimento Sindical
