Falta de transparência e diálogo! Gestão na Caixa é bem pior com Miriam Belchior

O desrespeito às negociações e aos acordos coletivos também é apontado como um dos maiores problemas.

caixa - fig cheia e grande 1Na semana em que a Caixa Econômica Federal chega aos 155 anos, empregados e entidades representativas reforçam a reivindicação pelo que há algum tempo não se tem por parte da direção e, em especial, da presidente do banco, Miriam Belchior: transparência e diálogo. O resultado é o clima de apreensão e o sentimento de desesperança entre os trabalhadores. Alguns deles, inclusive, estão em pânico, com receio de que, de um dia para o outro, tudo mude dentro da respectiva unidade.

O caso mais recente diz respeito à possível proposta de reestruturação das Gerências de Filial de Retaguarda de Agência (GIRETs), com impacto direto nos tesoureiros. Em 16 de dezembro, o movimento sindical questionou o banco sobre o assunto. Na resposta enviada no início do ano, a Gerência Nacional de Informações Corporativas e Negociação Coletiva (GEING) afirmou que “não há informação oficial”. Mensagem vaga que não serviu para acalmar a tensão entre a categoria.

Assim que foi divulgado a resposta da Caixa, os Sindicatos receberam inúmeras manifestações de colegas garantindo que a reestruturação está, sim, em curso. E sem que tenha havido qualquer debate com as entidades ou com os empregados. São os trabalhadores que, diariamente, constroem essa instituição. Eles precisam ser valorizados, e uma das formas de fazer isso é sendo transparente. O diálogo, que foi retomado em um passando bastante recente, praticamente não existe mais.

Outro grave problema é o descumprimento do que é acordado em mesa de negociação, o que obriga as entidades a reiterarem reivindicações quase toda semana. Também no final de 2015, o movimento sindical solicitou providências para o cumprimento do compromisso de dar ampla divulgação à categoria em relação às formas de utilização do superávit do Saúde Caixa. Uma das medidas definidas foi a redução do percentual de coparticipação de 20% para 15%.

Já no dia 4 de janeiro, os representantes dos funcionários da Caixa cobraram que o banco assegure um dos avanços obtidos no fechamento da última campanha salarial: a apresentação de uma proposta para a retomada do Adiantamento Assistencial Odontológico. A data-limite era 31 de dezembro, mas até agora nada ocorreu. O benefício, aliás, foi suspenso de maneira unilateral no final de abril do ano passado, ou seja, mais uma vez sem qualquer discussão prévia.

É preciso uma mudança de postura da direção da Caixa. O respeito às negociações e às cláusulas do acordo coletivo são fundamentais para a valorização dos empregados. E valorizar esses trabalhadores é essencial para que a Caixa continue forte e a serviço dos brasileiros, sobretudo dos mais carentes. São homens e mulheres que dedicam boa parte de suas vidas ao banco. O tratamento digno é o mínimo que eles merecem.

Contencioso judicial

Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, também é urgente que a Caixa assuma a responsabilidade pelo contencioso judicial da Funcef. “Esse montante representa uma grande ameaça à saúde financeira do nosso fundo de pensão. São recursos provisionados para o pagamento de ações que se referem a compromissos trabalhistas que não foram honrados pelo banco. Essa decisão não pode mais ser protelada”, afirmou.

Segundo os dados da própria Fundação, o estimado para perdas prováveis, possíveis e remotas já está em R$ 8,9 bilhões. O valor não considera as transitadas em julgado, que já estão sendo assumidas pelos planos de benefícios. Na campanha salarial, foi definido a criação de um Grupo de Trabalho para buscar soluções para a Funcef. A situação do fundo demanda debates qualificados e com a contribuição de participantes e assistidos.

Fonte: Movimento Sindical

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