Decreto foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira; Tombini, que presidiu ontem a sua última reunião do Copom, deve assumir cargo no FMI
O presidente em exercício, Michel Temer, nomeou o economista Ilan Goldfajn para exercer o cargo de presidente do Banco Central, em substituição a Alexandre Tombini. Os respectivos decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.

(Foto) Novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Ilan, que era economista-chefe do Itaú Unibanco, foi sabatinado no Senado na última terça-feira em sessão que durou mais de quatro horas. O nome dele foi aprovado no mesmo dia, tanto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) quanto no Plenário da Casa. Michel Temer dará posse ao novo chefe do BC nesta tarde, em cerimônia no Palácio do Planalto, marcada para as 17 horas.
Economista, com mestrado pela PUC-Rio e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ilan também foi consultor do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e das Nações Unidas.
Encerrada a sua passagem no BC, Tombini agora deve assumir o cargo de diretor executivo no FMI, no lugar do economista Otaviano Canuto, que foi convidado para atuar como representante do Brasil no Banco Mundial.
Veja os nomes da nova equipe econômica
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou os principais nomes da sua equipe econômica. Ilan Goldfajn assumirá o Banco Central, enquanto Mansueto Almeida, Carlos Hamilton e Marcelo Caetano terão secretarias da pasta. Já o ministério do Planejamento anunciou a nova presidente do BNDES: Maria Sílvia Bastos Marques. Jorge Rachid continua no comando da Receita Federal e Ana Paula Vescovi substitui Otávio Ladeira no Tesouro Nacional. No mercado, a escolha por nomes técnicos causou impactos positivos. Conheça a nova equipe.
Na sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), Tombini apresentou tudo dentro do script previsto pelo mercado financeiro. Os juros básicos foram mantidos em 14,25% ao ano em uma decisão unânime. Com isso, Tombini entrega a Selic no maior patamar de toda sua gestão, em um dos piores momentos da história da economia brasileira, como definiu esta semana o futuro presidente da instituição.
Fonte: O Estado de S.Paulo
