BB nega várias reivindicações e não faz proposta

Segunda rodada de negociações específicas da Campanha 2016 mostra que trabalhadores do banco público terão de se mobilizar para obter conquistas.

Não à incorporação de escriturários ao Plano de Cargos e Remuneração (PCR), não à adoção do índice de 6% nas faixas da carreira de antiguidade, não para novas contratações, não também para o pagamento de Verba de Caráter Pessoal (VCP) para funcionários envolvidos em processos de reestruturação. Essa avalanche de negativas marcou a postura dos representantes do Banco do Brasil na segunda rodada de negociação que discute a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na manhã de terça 30, em São Paulo. Não há data para nova negociação.

A expectativa era de que o banco viria com disposição de negociar e que apresentasse proposta global às reivindicações. O que ocorreu, no entanto, foi um festival de negativas e a tentativa de adiar o debate de temas importantes. Isso mostra claramente que os trabalhadores terão de se mobilizar para forçar o BB a mudar de postura.

BB Digital – Também foi negada a adoção da Norma Regulamentadora 17 (NR 17) para os trabalhadores do BB Digital. A norma estabelece, entre outras medidas, pausa de dez minutos para cada 50 trabalhados para, por exemplo, quem fica por tempo prolongado em atendimento telefônico.

Os dirigentes sindicais criticaram a postura do banco e insistiram que o BB Digital deve ser discutido com prioridade. Apontaram que este projeto está sendo usado como forma de ameaça de descomissionamento e cobraram providências para melhorar as condições de trabalho, principalmente em relação a quem tem jornada até as 22h. O BB não se posicionou aos argumentos, afirmando que também não fará o pagamento de substituições de trabalhadores que ocupam esporadicamente cargo de superior hierárquico. Além disso, que será mantido o descomissionamento por ato de gestão.

Os representantes dos bancários, vão insistir nessas questões. Principalmente nas agências digitais, que se não forem tomadas medidas urgentes, podem se tornar verdadeiras fábricas de adoecimento de funcionários.

Economus – Foi recusado, ainda, negociação específica sobre a situação deficitária do Economus (responsável pela previdência complementar e assistência à saúde dos funcionários oriundos da Nossa Caixa).

É um absurdo o banco não querer uma mesa de negociação para discutir o assunto. O Economus está numa situação delicada devido a gestores indicados pelo próprio BB. Carlos Célio, atual gestor da Diref (Diretoria de Relacionamento com Funcionários e Entidades), foi um desses administradores. E porque agora se negam a se debruçar para encontrar solução que não implique apenas e tão somente no repasse de contas para os participantes pagarem?”

Em estudo – Para reivindicações relativas à reclassificação de faltas greve; pagamento dos vales refeição e alimentação para as licenças maternidade e saúde; remuneração do gerente de relacionamento, os negociadores pelo BB afirmaram que há estudos em andamento e que depois dariam retorno aos sindicalistas.

Mesas temáticas – A direção do banco concorda em instalar duas mesas temáticas: uma sobre saúde e outra sobre conflitos no ambiente de trabalho. No entanto, recusou uma específica sobre os cargos técnicos. O que discutiria situação de engenheiros, advogados entre outros.

Fonte: Movimento Sindical

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