Greve dos bancários ganha forte adesão da categoria em todo o país em seu nono dia

Adesão à greve em todo o Brasil chega a 53% nesta quarta-feira (14). Nova rodada de negociação acontece nesta quinta-feira (15), às 16h, em São Paulo.

Os banqueiros insistem em manter a proposta de reajuste rebaixada. Na última rodada de negociação, ocorrida nesta terça-feira (13), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou a mesma proposta que já havia sido rejeitada pela categoria – reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$3,3 mil. Diante de tamanha intransigência, a greve dos bancários chega ao nono dia com forte mobilização em todo o país. Nesta quarta-feira (14), 12.386 agências e 46 Centros Administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 53% de todas as agências do Brasil.

Na base do Sindicato de Ponte Nova e Região, bancários também, continuam aderindo a greve. Hoje foi a vez do Itau de Urucânia  fechar as portas. Em 14 municípios, 34 agências foram fechadas. Veja a seguir, o quadro de paralisação.

Ponte Nova: BB, CEF, Bradesco, Mercantil, Itau e Santander; Viçosa: BB ( Centro e UFV), CEF (Centro e UFV), Bradesco, Itau (Centro e UFV) e Mercantil; Abre Campo: BB e Bradesco; São Geraldo: Bradesco;São Pedro dos Ferros: BB; Coimbra: BB; Matipó: BB; Santa Margarida: BB; Teixeiras: BB; Visconde do Rio Branco: BB, CEF, Bradesco e Itau; Rio Casca: BB, CEF e Bradesco; Raul Soares: CEF, Bradesco, BB; Urucânia: Itaú; Dom Silvério: BB.

Sem avanços, uma nova rodada de negociação com a Comissão Nacional dos Bancários foi marcada para esta quinta-feira (15), às 16h, em São Paulo.

Com proposta rebaixada, bancários e bancárias de todo o país dão o seu recado: greve forte! Os banqueiros insistem na desvalorização de seus trabalhadores, os maiores responsáveis pelos seus lucros. Diante da insistência da Fenaban em apresentar um reajuste que não cobre nem a inflação do período, a mobilização da categoria ganha força. O abono não é incorporado no cálculo de PLR, de férias, de décimo terceiro, de FGTS, nem nos planos de carreira e o salário vai continuar tendo perda do poder aquisitivo.

A proposta da Fenaban não cobre a inflação do período, já que o INPC de agosto fechou em 9,62% e representa uma perda de 2,39%. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real – salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), PLR de três salários mais R$ 8.317,90. Além da valorização salarial, a categoria pede combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa do emprego, também são prioridades para os bancários.

Fonte: SBPNR com informações do Movimento Sindical

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