Sem qualquer sinalização de retomada das negociações pela entidade patronal (Fenaban), os bancários entram nesta quarta-feira (21) no 16º dia de greve geral. Ao invés de chamar o Comando Nacional dos Bancários de volta para a mesa de negociação e apresentarem uma proposta decente, os bancos investiram em práticas antissindicais para tentar enfraquecer a mobilização. Mas não adiantou e, ontem (20), 13.096 agências e 36 centros administrativos tiveram suas atividades paralisadas no País. O número representa 56% das agências do Brasil.
Já na base do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, estão fechadas pela greve 65 agências, distribuídas em Cascavel, Ubiratã, Santa Tereza do Oeste, Cafelândia, Guaraniaçu e Corbélia.
O presidente do Sindicato de Cascavel e da Federação do Paraná, Gladir Basso, afirma que ao não chamarem o comando nacional para a retomada das negociações, “os banqueiros se valem da já conhecida estratégia de permanecerem em silêncio para que a angústia tome conta de nossa greve, mas esta tática não surte o efeito desejado pelo patronato, pois o movimento paredista continua cada vez mais forte em todo País”.
TAXAS E TARIFAS
Gladir Basso cita ainda que, “os bancos podem, sim, avançar nas negociações, mas não o fazem por pura teimosia. Pois somente em taxas e tarifas impostas aos seus clientes, os bancos cobrem suas despesas de pessoal e ainda sobra muito”. Neste sentido, o dirigente sindical cita que o Itaú cobre 163,3%; Santander, 152,3%; Bradesco, 136,7%; Banco do Brasil, 104,3%, e Caixa, 104%. As despesas de pessoal representam os gastos com folha de pagamento (remuneração, PLR, encargos sociais e benefícios), além das despesas com treinamento e processos trabalhistas.
Fonte: FEEB-PR
