
Os funcionários do Banco do Brasil que estão em home office, inclusive aqueles que fazem parte de grupos de risco da covid-19, receberam comunicado, quarta-feira (18), convocando-os para o retorno ao trabalho presencial. A decisão foi tomada após o Governo Federal ter decretado o fim do Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).
Com o fim da Espin, também se encerra o Acordo Emergencial de Covid-19, que autorizou o trabalho em home office. O Acordo Emergencial da covid-19 foi celebrado com base na decretação do Estado de Emergência, agora encerrado pelo governo. Com isso, o acordo emergencial perde a validade. O tema não comporta, a princípio, discussão jurídica. A via negocial e ações sindicais são um possível caminho de enfrentamento.
Via negocial
Em reunião com o banco realizada na tarde de terça-feira (17), o movimento sindical deixou claro que vai querer negociar com o banco a forma de retorno ao presencial, bem como a compensação do banco de horas negativas e evitar que haja descomissionamentos em massa.
O Movimento Sindical tínha acordado com o banco que não seriam realizados descomissionamentos até que se encerrasse o Estado de Emergência. Agora, é preciso evitar que colegas de trabalho sejam penalizados com o descomissionamento neste período em que a covid-19 ainda não se encerrou e a economia do país está extremamente abalada, com um desemprego altíssimo e uma inflação que corrói os salários das pessoas. Perder a comissão neste momento vai fragilizar ainda mais o poder de aquisitivo dos trabalhadores.
Banco de horas
Os representantes dos trabalhadores, nas negociações com o Banco do Brasil, lembraram do enorme banco de horas negativas criado devido à necessidade de afastamento devido a questão de saúde pública. O banco de horas de alguns, que não conseguiram trabalhar remotamente, é bastante alto e existe a preocupação de como será feita a compensação.
Além do mais, mesmo com a pandemia, o Banco do Brasil teve um lucro altíssimo graças, também ao trabalho desempenhado por seus funcionários. O banco não pode sufocá-los agora com este banco de horas e muito menos tirar suas comissões
A reunião para negociar estes pontos com o banco foi agendada para quinta-feira (19), a partir das 15h.
Fonte: Movimento Sindical
