Sem ter do que reclamar, com ajuda do governo e lucro altíssimo, os banqueiros seguem com as demissões em massa durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. No Bradesco, já ultrapassou 3 mil bancários demitidos neste ano. E, pelo discurso do presidente do banco, Octavio de Lazari Júnior, não vai parar por aí.
O executivo disse que “agora, no quarto trimestre, nós terminamos de ‘cortar o mato alto’. E, a partir de 2021, será tiro no sniper. Nós iremos no detalhe de cada área para sermos mais eficientes”. Os empregados ficaram indignados e a afirmação criou um verdadeiro mal-estar entre o funcionalismo.
Os desligamentos vão continuar mesmo depois de o Banco Central ter anunciado, em novembro, uma injustificável ‘ajuda permanente’ aos bancos enquanto a Covid-19 se mantiver fora de controle. Criado para estimular ‘estimular a ampliação do crédito’, o chamado ‘programa de injeção de liquidez’ do BC (recursos de rápida circulação).
Os bancários, junto com os clientes que pagam altas taxas e tarifas, são responsáveis pela lucratividade na casa dos R$ 13 bilhões obtida pelo Bradesco de janeiro a setembro. Isso além dos R$ 1,2 bilhões dado pelo governo federal às organizações financeiras no início da pandemia. Quem precisa de ajuda é a população mais carente e os trabalhadores que ficaram sem emprego.
O Itaú, Santander e Mercantil do Brasil, também seguem com a política perversa de demissões. São mais de 12 mil pais e mães de família desempregados. Crueldade dos banqueiros. Enquanto os funcionários ajudam a construir a riqueza dos patrões, são tratados como “mato” que precisa ser cortado.
Fonte: Movimento Sindical

