Bradesco vence leilão da folha de pagamento do Rio por R$ 1,3 bilhão

Em leilão sem concorrência realizado nesta quarta (9), o Bradesco arrematou por R$ 1,3 bilhão contrato para gerir a folha de pagamento do governo do Rio pelos próximos cinco anos.

Os recursos serão usados pelo governo para quitar salários atrasados de maio e junho, dívida que motivou protestos de servidores a aposentados esta semana.
O resultado do leilão frustrou expectativas do governo Luiz Fernando Pezão, que esperava disputa pelo contrato e algum ágio no valor final.

A oferta do Bradesco foi de R$ 1.317.800.000, apenas R$ 33.579 acima do preço mínimo estabelecido. O Bradesco já é o gestor da folha do Estado e, com a vitória, terá por mais cinco anos o contrato de prestação de serviços bancários e processamento da folha de pagamento.

A antecipação da concorrência, que poderia ser realizada até o fim do ano, é uma das medidas emergenciais anunciadas pelo governo para equacionar os salários dos servidores.

O Estado ainda deve os vencimentos de maio a 126.394 servidores e inativos.

Com relação a junho, 206.825 servidores ainda não receberam —neste caso, apenas aqueles ligados à segurança e educação foram pagos.
A dívida referente aos dois meses é de R$ 976 milhões, de acordo com a secretaria Estadual de Fazenda. O valor deve ser quitado com o pagamento do Bradesco pelo contrato.

A expectativa é que o dinheiro seja depositado cinco dias após a assinatura. A Secretaria de Fazenda não informou qual a data prevista para o depósito dos salários.

SOCORRO 
O processo de adesão ao programa de recuperação fiscal levou mais tempo do que o governo esperava, diante de resistências dos parlamentares estaduais em aprovar um teto para os gastos públicos.

No início de junho, Pezão acreditava estar pronto para assinar o socorro, mas a proposta do Estado foi vetada pelo Ministério da Fazenda.
Em julho, após aprovar projeto de lei que estabeleceu o teto, deu entrada definitiva no processo de adesão, que garante a suspensão dos pagamentos da dívida com a União por três anos.

Fonte: Folha.com

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