Ele recebeu 293 votos, ante 105 dados a Jovair Arantes. E reafirmou que quer aprovação rápida de reformas, especialmente a da Previdência.

Eleito, Rodrigo Maia é o primeiro substituto de Michel Temer em caso de ausência ou afastamento do presidenteeconomia
Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito em primeiro turno para a presidência da Câmara dos Deputados. Ele recebeu 293 votos. O resultado foi anunciado às 15h02 desta quinta-feira (2). Candidato de um bloco que reúne, além de seu partido, PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PTdoB, ele já ocupava a presidência desde julho, substituindo o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O mandato é de dois anos.
Entre os demais candidatos, Jovair Arantes (PTB-GO, em bloco que reunia ainda SD, Pros e PSL) teve 105. Em terceiro, André Figueiredo (PDT-CE), com 59, número menor que a soma das bancadas que o apoiaram – apenas a do PT tem 57. Nos demais, Júlio Delgado (PSB-MG) recebeu 28, Luiza Erundina (Psol-SP) teve 10 e Jair Bolsonaro (PSC-RJ), quatro, menos que o número de votos em branco (cinco). Duas das seis candidaturas – Figueiredo e Erundina – eram identificadas com a oposição.
Próximo ao Planalto, Maia defende as propostas de reformas da Previdência e trabalhista apresentadas pelo governo Temer. A jornalistas, logo depois da eleição, disse esperar que Proposta de Emenda à Constituição (287), de reforma da Previdência, seja aprovada no primeiro semestre. “Espero que seja o mais rápido possível.”
Maia foi o último a registrar sua candidatura, ontem à noite. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar que questionava a constitucionalidade da candidatura – a contestação foi apresentada por Jovair, Figueiredo e Delgado. Para o ministro, trata-se de uma questão interna da Casa. A alegação dos oposicionistas era de que se tratava de uma tentativa de reeleição na mesma legislatura, algo vedado pela Constituição e pelo regimento interno. A defesa de Maia afirmou que ele cumpria um “mandato-tampão” em substituição a Cunha, que renunciou em julho do ano passado.
O presidente da Câmara é o primeiro substituto de Michel Temer em caso de afastamento. Em seguida, vem o presidente do Senado. Assim como Eunício Oliveira (PMDB-CE), o “Índio”, no Senado, Rodrigo Maia também é citado em delação de ex-executivo da Odebrecht. “Botafogo”, tido como seu apelido, teria recebido R$ 100 mil para pagar despesas de campanha em troca de votação favorável a matéria de interesse da empreiteira. Ele nega.
Houve disputas por todos os cargos da mesa. Algumas foram para o segundo turno. Para a 2ª vice-presidência, foi eleito, com 283 votos, André Fufuca (PP-MA). O 1º secretário será Giacobo (PR-PR), que teve 406 votos, e o 2º, Mariana Carvalho (PSDB-RO), que recebeu 416. Já foi confirmado ainda o 4º secretário: Rômulo Gouveia (PSD-PB), com 433 votos.
Os suplentes de secretário serão, pela ordem: Dagoberto (PDT-MS), 402 votos; César Halum (PRB-TO), 383; Pedro Uczai (PT-SC), 377; e Carlos Manato (SD-ES), 272 votos.
Fonte: Rede Brasil Atual
