Pelo fim da política de retrocesso, contra a Reforma da Previdência, pelo fim da violência de gênero e contra toda forma de discriminação, as mulheres ocuparam as ruas neste dia 8 de março com a tônica de resistir e lutar. Foi com esta determinação e força que as bancárias se uniram às trabalhadoras de diversas categorias do país, no ato nacional pelo Dia Internacional da Mulher.
Em São Paulo, tudo aconteceu na Praça da Sé, região central da capital. Trabalhadoras marcharam até a Praça da Sé, onde se reuniram com movimentos sociais em grande ato unificado com o mote “Aposentadoria fica, Temer sai. Paramos pela vida das mulheres”. Da Praça da Sé, sindicalistas, feministas e movimentos sociais caminharam em direção da Av. Paulista para se encontrarem com professores das redes municipal e estadual de ensino que, em assembleia, aderiram à greve nacional convocada pela CNTE (Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação) para o dia 15, quando diversas categorias se unem em dia nacional de paralisações e protestos contra a reforma da Previdência e por nenhum direito a menos. “O momento é de união de todos, trabalhadores e trabalhadoras, contra os ataques deste governo. Temos de continuar nas ruas por nenhum direito a menos”, conclamou a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva.
Sindicalistas, feministas e movimentos sociais em defesa das bandeiras históricas de luta como o fim da violência contra mulher e igualdade salarial – lutar contra a reforma da Previdência (PEC 287), que eleva a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 55 para 65 anos, igualando-a com a dos homens. Se aprovada, a PEC 287 também fará com que todos, homens e mulheres, tenham de contribuir por 49 anos com o INSS para ter direito ao benefício integral.
As atividades de todo o país tiveram o objetivo de esclarecer a população contra os prejuízos que as mulheres e todos os trabalhadores terão com a Reforma da Previdência, Trabalhista e a aprovação do PL da terceirização sem limites.
Desigualdade de gênero
As mulheres têm salários menores, trabalham mais, não têm oportunidades de promoção iguais aos dos homens. Além disso, elas estão nos empregos mais precários e ainda são elas, na grande maioria das vezes, as responsáveis pelos cuidados com a família e as tarefas domésticas. A desigualdade de gênero na sociedade e no mundo do trabalho impacta diretamente na aposentadoria, mas foi ignorada quando as novas regras foram pensadas na proposta de Reforma da Previdência enviada ao Congresso Nacional.
As mulheres serão as principais afetadas com a proposta que desvincula o salário mínimo do benefício, equipara a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Se quiser receber o benefício integral, a trabalhadora ou o trabalhador terá que contribuir durante 49 anos pelo teto do INSS.
Com a terceirização e reforma trabalhista, a precarização vai se impor, ao acabar com férias de 30 dias, aumentar a jornada, ampliar indefinidamente os contratos de trabalho temporário, tirar até os direitos ao FGTS e ao seguro desemprego da classe trabalhadora e regular a terceirização para todas as atividades.
Fonte: Movimento Sindical

