COVID-19: Reunião com o Itaú debateu férias e banco de horas

Na última segunda-feira (20/04), o movimento sindical esteve reunido com representantes do Itaú para discutir a concessão de férias e banco de horas para os funcionários que estão em casa, porém sem o regime de home office e também para aqueles que fazem parte do grupo de risco.

Segundo o banco, cerca de 52 mil funcionários, que representam 64% do total, estão em casa, sendo que destes, 45 mil estão em home office e 7 mil sem esta modalidade de trabalho. Outros 20 mil estão trabalhando em esquema de rodízio.

Assim que o Itaú decidiu implementar as medidas, houve esta reunião e algumas propostas foram apresentadas ao banco pelos representantes dos funcionários. As propostas serão analisadas pela empresa e uma nova reunião poderá acontecer amanhã (23).

A Medida Provisória 927 permite que as empresas comuniquem as férias aos seus funcionários apenas com 48 horas de antecedência, porém o banco já informou que não vai aplicar os artigos da MP que permitem o pagamento de um terço das férias junto com o 13º salário e nem pagar a remuneração das férias até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo do descanso. Nessas duas questões o Itáu seguirá o que diz a legislação vigente.

Sobre o banco de horas para os funcionários que estão em casa, mas sem regime de home office, o movimento sindical apresentou propostas a respeito do prazo para compensação das horas, proporcionalidade, início e prazo da compensação. Na próxima reunião o banco se comprometeu a trazer respostas para as reivindicações e aprofundar o debate sobre este tema.

Foi reivindicado também ao banco a inclusão de lactantes e mães com filhos até dois anos no grupo de risco.

Devido à particularidade do trabalho do caixa, o Itaú afirmou ter um projeto de incluí-los no home office, realizando atendimento de call center. Hoje já são 700 funcionários nesta condição e segundo o banco esse número pode chegar a 5 mil.

O movimento sindical também denunciou ao banco alguns problemas relacionados à gestão, pois alguns gestores não estão cumprindo o que está sendo acordado tanto na mesa de negociação com a FENABAN e nem nas negociações específicas com o banco. Segundo relatos, estão ocorrendo casos de cobrança excessiva por metas e reuniões fora do expediente.

Sobre estas denúncias o banco foi categórico ao afirmar que a ordem é para não cobrar metas durante a pandemia e que nestes casos haverá orientação ao gestor para mudança de comportamento.

Fonte: Movimento Sindical

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