Como era de se esperar, o machismo ainda impera no país. Prova disso é que houve aumento da desigualdade de gênero no mercado de trabalho em 2020. Levantamento da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) mostrou que o Brasil perdeu 480,3 mil empregos formais, com carteira assinada, sendo que 462,9 mil (96,4%) eram vagas ocupadas por mulheres. adas por mulheres.
O desemprego também impactou mais quem ganha acima de um salário mínimo (R$ 1.100,00) e os que têm idade entre 30 e 39 anos, além de a remuneração real média do trabalhador caiu de R$ 3.326,65 (2019) para R$ 3.291,56 (2020). A pesquisa do LCA Consultores também apontou que a proporção de mulheres no estoque de empregos formais (43,6%) foi a menor desde 2014 (43,2%).
As poucas vagas que foram criadas no passado possuíam remuneração mais baixa. O empregado que ganhava até meio salário mínimo – R$ 550,00 – conseguiu uma das 120,6 vagas abertas nesta faixa salarial. Foram abertos 1,93 milhão de postos de trabalho pagando de meio salário a um mínimo. Os empregados que recebiam acima de um salário e meio (R$ 1.650,00) e dois mínimos (R$ 2.200,00) foram os que mais perderam. Pouco mais de 1 milhão de vagas foram fechadas.
Quando analisado por faixa etária, o maior saldo negativo de emprego foi entre 30 e 39 anos. A Rais mostrou que para estes trabalhadores foram fechados 379,9 mil postos. Para quem tem de 40 a 49 anos, a variação no número de vagas abertas foi positiva, com a criação de 165,1 mil novos postos.
Fonte: Movimento Sindical
