Forte mobilização da classe trabalhadora evitou a votação do PL 4302, que libera terceirização sem limites, nesta terça (21), em Brasília

Votação prevista p/ quarta (22). Bancários de todo país permanecem em Brasília. Centrais pressionam p/ tirar PL da pauta.Terceirização - não à terceirização

A forte mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o país contra a retirada de direitos e a fragilização dos acordos coletivos, evitou, nesta terça-feira (21), a votação do PL 4302/98, que libera totalmente a terceirização sem limites. O projeto que transforma o trabalho temporário em outro mecanismo de precarização e condena ainda mais jovens e mulheres no mundo do trabalho, foi desenterrado por esse Congresso e sua última tramitação foi no ano de 2002.

O movimento sindical senti a desesperança que os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil estão vivendo neste momento. Depois do golpe institucional que o Brasil e a democracia sofreram, nós estamos assistindo um ‘bando’, bancados pelo empresariado industrial, comercial, agropecuário e financeiro, avançar em cima dos nossos direitos com as mais estapafúrdias alegações. Estamos vendo o Congresso Nacional avançar para cima dos direitos dos trabalhadores na intenção de flexibilização, dizendo que estas medidas são para aumentar os empregos e tornar o Brasil competitivo internacionalmente. Esta alegação é uma grande mentira. Nós sabemos disso, a sociedade, os deputados, os empresários também sabem disso. Nós estamos num projeto de contramão, que só concentra a renda nas mãos das elites. Nós temos que reagir! Reagir é nossa legítima defesa. O caminho é construir uma greve geral. O debate que a sociedade quer fazer é fazer Diretas Já! Uma constituinte que arrume este Brasil que eles desarrumaram. Fora Temer! Fora Golpistas.

A votação foi adiada e está prevista para esta quarta-feira (22). Os bancários de todo Brasil vão permanecer em Brasília no enfrentamento à tramitação do PL que libera a terceirização irrestrita. Centrais pressionam para tirar projeto da pauta.

Caso aprovado, o projeto irá direto para a sanção do presidente ilegítimo Michel Temer. Ele permitirá, na prática, que trabalhadores e trabalhadoras contratados por uma determinada empresa possam ser substituídos por funcionários temporários e/ou terceirizados, piorando ainda mais as já precárias relações de trabalho no Brasil.

Fonte: Movimento sindical

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