Apesar dos temas relevantes na pauta, a exemplo do retorno ao trabalho presencial das pessoas dos grupos de risco à Covid-19 e programa de GDP, a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa não conseguiu debater sobre tudo. É que o banco reconheceu que novos mecanismos da Gestão de Desempenho de Pessoas, como a “curva forçada”, têm o intuito de mudar a cultura dos trabalhadores e estabelecer valores empresariais de mercado e forçar a competição pela venda de produtos.
Representantes dos empregados ressaltaram, na reunião da quarta-feira passada (27/10), que nos locais em que a curva forçada foi implementada houve desagregação das equipes. A prática, criada para demitir foi abandonada pelo mercado, é fonte de assédio moral institucionalizada pela empresa. Importante destacar que os bancários da Caixa são concursados. “Por mais que o governo tenha tentado acabar com a estabilidade, ela ainda existe. Não adianta querer forçar os empregados a empurrar produtos desnecessários para os clientes”, reforçou o secretário geral da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.
Em relação ao retorno ao trabalho presencial, a CEE ressaltou que Caixa é o único banco que convocou até quem faz parte dos grupos de risco. Para que os trabalhadores tenham mais tempo para obter laudo médico com indicação da permanência em trabalho remoto, foi reforçado o pedido para prorrogar o prazo para solicitar a manutenção em home office.
Além disso, foi lembrado que a instituição financeira entregou alguns prédios e concentrou departamentos em edifícios para reduzir custos durante a pandemia o banco. Ou seja, não há estrutura suficiente para que todos retornem ao trabalho. Em alguns prédios, os elevadores suportam apenas quatro pessoas em situação normal e na pandemia, só duas.
Contratação
Por ter conhecimento da sobrecarga dos empregados que estão na linha de frente nas agências, a CEE cobrou da Caixa novamente o aumento do efetivo com a contratação de mais trabalhadores. O banco precisa convocar os aprovados do concurso de 2014 para suprir o déficit de 20 mil bancários a menos nas unidades, ao invés de querer colocar em risco a vida de quem tem comorbidade e que foi afastado por isso.
Fonte: Movimento Sindical

