Globo desesperada para eleger Rodrigo Maia: precisa de grana do BNDES? Será isso?

– Conversão da Globo ao “Fora, Temer”: tudo menos civismo.

– O projeto de longo prazo: a tutela da classe política pela dobradinha mídia/ juristocratas – juízes/ procuradores/ policiais federais.

– No médio prazo, o medo: o FBI investiga o esquema FIFA. Sem ter feito o próximo PGR, a Globo passa a contar apenas com mecanismos extremos: “perdão presidencial”, “anistia do Congresso” e dissuasão, com a ameaça de ataques midiáticos ou de impeachment da nova PGR pelo Senado.

– No curto prazo, a corda no pescoço: o endividamento das Organizações Globo junto ao BNDES. Segundo fonte do Blog, os Marinho não estariam conseguindo rolar a dívida desta vez. O problema seria não terem bens para dar em garantia. Nem mesmo as ações na Globo!

– Uai… qual o problema, irmãos Marinho? As ações da Globo não são mais de vocês?!

Lembram da bailarina do Chico?

? Procurando bem, todo mundo tem pereba,
marca de bexiga ou vacina ?

Pois é…

Procurando bem, todo mundo tem pereba…

Santo mesmo, imaculado, só no altar de igreja.

A Globo, certamente, está longe dessa condição.

Fora a bilionária sonegação fiscal descoberta anos atrás, parece que há outros fantasmas do passado rondando as mansões dos irmãos Marinho…

– Medo do FBI na operação para derrubar a FIFA/ CBF

Os Marinho sempre foram os melhores advogados dos interesses da Finança global no Brasil.

Portanto, não haveria interesse, a priori, dos EUA em fazer a casa (Marinho) cair.

Contudo, como o nosso Ciro comentou semanas atrás, a queda da Globo pode vir como dano colateral de uma operação ~global~ visando ao esquema FIFA.

Pegou os Marinho também?

– “Ora, paciência!”, diriam os gringos, dando de ombros.

Exatamente por isso, para os Marinho, era questão de vida ou morte – literalmente! – fazer o sucessor de Rodrigo Janot na PGR.

Não fizeram por menos: deram tudo de si para garantir que entrasse o candidato do “esquema” Janot, Nicolao Dino, via “dedaço”.

Não deu.

Como sabemos todos, acabou indicada… Raquel Dodge.

E por que esse revés?

Ora, Janot/ Globo abriram fronts demais, partindo para o tudo ou nada:

(i) Para além do PT, estenderam a artilharia para todo o espectro político;

(ii) Abusaram da parceria, com vazamentos em série PGR-Globo visando a constranger os Ministros do STF com “pratos feitos”: “ou homologa ou linchamento no jornal – e na rua!”;

(iii) Com o acúmulo de abusos de toda ordem, conseguiram romper o corporativismo atávico do MPF e alimentar a oposição interna. No final, as candidaturas a PGR de oposição somaram mais que o dobro dos votos do candidato do “dedaço” Janot/ Globo.

Pior: a escolhida, Raquel Dodge, tem bagagem, até aqui, irrepreensível. Antes de eleita, fez promessa ~fatal~ ao estilo “Lava a Jato” de agir:

– Fazer valer a Lei (!)

– “Apenas” isso (!)

Bem… a ver.

Sobre esse medo da Globo do FBI, o Nassif diz hoje:

A hipótese aventada pelo Xadrez foi a de que o estardalhaço mal planejado em torno da JBS visava encobrir o indiciamento da Globo pela Ministério Público espanhol e pelo FBI, em função da compra da Copa Brasil da CBF de Ricardo Teixeira.

Esta semana, fonte com contato direto com os Marinho confirmou a suspeita. Apenas três membros do grupo – João Roberto Marinho, Ali Kamel e um executivo – souberam do indiciamento da Globo nas investigações poucos dias antes do vazamento das delações da JBS. E a intenção de bater bumbo visou justamente ocultar as repercussões do escândalo CBF.

A exposição dos feitos do grupo de Temer torna impossível manter a pantomima.  Tenta-se a gambiarra Rodrigo Maia.

A mídia, especialmente a Globo, enche a bola de Maia e passa a sensação de que a queda de Temer é irreversível.

Joga com uma esperteza típica dos acordos de delação. Dá a impressão de que o governo Temer afunda e quem pular por último no governo Maia, ficará sem lugar no barco.

O jogo das deslealdades políticas funciona assim.

Os jornais levantam o nome do possível presidenciável, Rodrigo Maia.

O presidenciável é aliado do presidente, e não quer passar por desleal. Mas é mordido pela mosca azul, como são todos aqueles que vêm passar à sua frente um cavalo selado muito acima dos seus sonhos mais rocambolescos.

Aí ele fica quieto. Não desmente nem confirma os boatos.

Ao ficar quieto, provoca desconforto nas hostes do presidente. E os jornais começam a difundir as fofocas palacianas.

Aí o presidenciável começa a romper com o presidente com o argumento “como é que eles podem desconfiar da minha lealdade”. E a desconfiança em relação à lealdade se transforma no grande álibi para a deslealdade.

Simples assim.

Indo um passo além, isso significa que…

– Depois perder a PGR, a Globo coloca as suas fichas em ~recuperar~ a “ascendência” sobre a Presidência (perdida com o “tudo ou nada” contra Temer) e o Congresso.

Afinal…

– Presidente concede “perdão”;

e…

– Congresso vota “anistia”.

– Certo?

Depois de não fazer o PGR, a Globo dependeria de… hmmm… “freios e contrapesos” para influenciar os desdobramentos da operação do FBI no Brasil.

Além do seu próprio poder de fogo, midiático, é o Ministro da Justiça – indicado pelo Presidente da República – a Autoridade Central que coordena as cooperações internacionais, nos termos dos acordos com os outros países.

O MPF “esqueceu” essas disposições legais no período Janot…

Com uma legalista na PGR, as cooperações voltarão, necessariamente, a passar pelo Ministério da Justiça.

Em última instância, ademais, sobrariam as cartadas do perdão presidencial e da anistia pelo Congresso. Conjuntamente com a tentativa de dissuasão da nova PGR, com a ameaça de um impeachment – votado pelo Senado.

Mas…

O Blog teve acesso a uma versão que dá conta de ~outro~ interesse da Globo em recuperar a “ascendência” sobre a Presidência da República.

Interesse esse na esfera administrativo-financeira, como verão a seguir.

– Horizontes temporais da Globo: as preocupações de longo, médio e curto prazo

Lembram daquela fonte do Blog que, há algumas semanas, contou que os Ministros do STF teriam sido enquadrados pelos Comandantes das Forças Armadas, para que parassem de tocar fogo à nação??

Bem…

Se houve ou não o tal enquadramento não temos como saber ao certo…

Mas o que sabemos, com certeza, é que “coincidentemente” de lá para cá o STF deu efetivamente um cavalo de pau.

Voltou o “legalismo” – entre aspas mesmo, por ser de ocasião:

– No último duelo, envolvendo os abusos nas delações premiadas, ganhou a classe política; perderam a PGR e a Globo.


Pois bem.

Volta a fonte ao Blog para contar mais coisa.

Diz agora que há um ~terceiro~ interesse da Globo em eleger Rodrigo Maia.

Recapitulando, os dois primeiros os leitores já conhecem bem:

(i) o projeto, de longo prazo, de tutela perpétua da classe política pela dobradinha Juristocratas/ Mídia – numa “democracia” (aspas) à iraniana;


e…

(ii)
a preocupação, de médio prazo, de blindar-se contra a investida do FBI contra o esquema FIFA.

Pois a tudo isso a fonte acrescenta agora um terceiro…hmmm… INTERESSE:

(iii) a corda no pescoço, no curto prazo, do colossal endividamento das Organizações Globo junto ao BNDES.

Os Marinho querem rolar a dívida…

Mas esbarram em um obstáculo técnico:

– Não dispõem de bens para dar em garantia!

Eis o relato:

O motivo principal para a Globo decidir rifar Michel Temer é a não rolagem das dívidas financeiras do grupo junto ao BNDES. Na gestão de Maria Silvia este assunto não foi adiante. Parece que agora também não irá, sob o comando do Paulo Rabelo de Castro.

Segundo ele existe um fator impeditivo de natureza técnica, que é a inexistência por parte da Globo de bens a serem dados em garantia para a nova rolagem das dívidas. Parece que o grupo sequer poderia dar ações das empresas como garantia dos novos empréstimos, como fez por exemplo a J&F.

A família Marinho acredita que Rodrigo Maia poderia resolver este assunto da rolagem para eles. Aí a tese do Blog da “democracia iraniana” se sustentaria plenamente, com procuradores e Globo dando a benção ao novo presidente RM, para mais uma vez controlarem o poder e a política nacional, como fizeram nos últimos anos.

Hmmm…

Hipóteses – do Blog, não da fonte! – para esse… “impeditivo de natureza técnica”:

(1) Os Marinho não poderiam dar as suas ações em garantia, empenhando-as ao BNDES, se já o fizeram para outro credor.

Um segundo penhor das ações, chamado de “penhor de segundo grau”, não seria suficiente diante das exigências técnicas da área de crédito do BNDES.

Isso porque ficaria subordinado à satisfação, em primeiro lugar, do credor do penhor original, de “primeiro grau”.

Haveria aqui dois problemas para a Globo:

(A) Revelar a identidade do credor original;

(quem seria?)

(B) Admitir que o endividamento é insustentável, suscitando penhor sobre penhor, sobre penhor, sobre…

(2) Os Marinho tampouco poderiam dar suas ações em garantia se…

– … as ações da Globo não fossem mais dos Marinho!

-Páááááááááááá!

Ou seja:

Se, a despeito da titularidade formal, já tivessem alienado as ações a um terceiro, num… “contrato de gaveta” (!)

Ora, nada que cause tanto espanto assim…

Afinal:

– Não foi EXATAMENTE isso que os Marinho fizeram, antes, com a NET?

– Alienada ao Carlos Slim em um… “contrato de gaveta”?!

– E “de gaveta”, justamente, porque ia contra a expressa disposição legal, de então, proibindo a propriedade de empresas de cabo por estrangeiros?

– Como sabemos todos, depois a lei foi mudada (com lobby pesado…) para acomodar essa “realidade”.

(Ah, Dilma…)

– Assim, a alienação da NET ao Slim foi (“apenas”…) “formalizada”.

(o mesmo com a TVA, alienada também sub-repticiamente pela Abril aos ~espanhóis~ da Telefónica)

Ora…

– Os Marinho poderiam ter feito o mesmo com a Globo, não?

Quem sabe até…

– Com o mesmo comprador, o ~mexicano~ Carlos Slim??

Fica a dúvida…

Ou melhor, ficam as dúvidas sobre o endividamento da Globo junto ao BNDES:

– Qual o principal da dívida?

– Quanto paga de juros?

– Quais os vencimentos?

– Quais foram os bens dados, antes, em garantia pelos Marinho?

– Por que esses mesmos bens não podem ~mais~ ser dados em garantia?

– As ações dos Marinho Globo não podem ser dadas em garantia?

– Em caso negativo, por quê?

E, de repente, a Globo não deve estar mais tão favorável àquele Projeto de Lei que prevê o fim do sigilo bancário para empréstimos do BNDES, não é mesmo??

Fonte: Romulus.br

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