O governo federal quer liquidar o patrimônio público a qualquer custo. Depois da renúncia do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, voltou a defender a privatização da estatal, cujo sistema é responsável por cerca de 70% do abastecimento elétrico do país.
A proposta foi apresentada inicialmente por Temer, mas segue nos planos de Bolsonaro, junto com outras, como a Caixa, BB, Correios, do Porto de Santos e do portfólio da Pré-Sal Petróleo (PPSA). Para maquiar a intenção de entregar a Eletrobras ao mercado privado, a nota do Ministério de Minas e Energia se refere à venda da empresa como plano de “capitalização”. Ainda alega ser necessário e essencial para gerar a recuperação da capacidade de investimento da estatal. Mentira.
Privatizar a Eletrobras será uma perda da soberania energética brasileira. Tem que ser barrada. Em dezembro do ano passado, Paulo Guedes reforçou a defesa em prol da venda com o argumento de que a empresa consegue investir apenas R$ 3,7 bilhões anuais, em vez dos R$ 17 bilhões que deveria dispor. Mas, o ministro da Economia esqueceu de falar que, nos últimos dois anos, a Eletrobras injetou R$ 23 bilhões na economia.
Fonte: Movimento Sindical