Homem desmaia na fila da Caixa e acirra debate sobre aglomeração

Um homem desmaiou na manhã de 27/11 (6a -feira passada) na fila que se forma, há meses, na Rua Senador Antônio Martins/Centro, aguardando atendimento emergencial e de benefícios diversos na Agência da Caixa Econômica Federal/CEF, na vizinha rua Benedito Valadares.

Moradores e comerciantes – indignados – procuraram esta FOLHA: “Que as autoridades de Ponte Nova venham ver o que está acontecendo aqui para sensibilizarem os corações e ver o sofrimento deste nosso povo. Ainda agora houve atendimento de urgência para um cliente que desmaiou”, postou nas suas redes sociais o empresário Ricardo Malta Moreira, do Brasão Imóveis. Revoltado, ele continua: “Ninguém se manifesta. Vemos muita gente sem máscara, com sede, com fome, sob sol e sob chuva. É desumano ver as pessoas sem qualquer tipo de amparo e cuidados, sem banheiro e sem água para beber.”

Outro comerciante, que prefere não se identificar, desabafa: “Isto acontece diariamente, e na nossa rua temos há meses a sede da Secretaria Municipal de Saúde, mas não se tomam providências. Quando a fila acaba, em cada fim de manhã, a rua fica tomada de lixo.” Uma cidadã sugeriu “urgente entendimento entre a Prefeitura e a Caixa para ao menos minimizar a situação destas pessoas. Isto é possível com vontade política e sensibilidade. Afinal a Rua Senador Antônio Martins fica interditada para veículos, inclusive com prejuízo para o comércio.”

O lado da Caixa A Assessoria de Imprensa da CEF/ Juiz de Fora informou a esta FOLHA, também em data recente, que a Agência inicia a triagem antes mesmo da sua abertura e “realiza recepção qualificada dos clientes durante todo o horário de funcionamento”. Continua o informe da CEF: “Somada a isso, vem sendo efetuada sinalização/delimitação dos pisos externos das agências para organização de filas, de forma a garantir o devido afastamento entre as pessoas. O banco permanece realizando ações sistêmicas para melhorar o atendimento nas agências e oferecer serviço de qualidade aos beneficiários.”

E mais: “Destacamos a implementação de calendários escalonados de saque do Auxílio e do FGTS Emergencial e a abertura das agências em alguns sábados. Todas as unidades da Caixa seguem funcionando para atendimento presencial no interior das agências apenas para serviços sociais essenciais, como saque sem cartão, senha de benefícios do INSS, saque do Auxílio Emergencial, Seguro-Desemprego, Bolsa-Família, Abono Salarial e FGTS, além de desbloqueio de cartão e senhas de contas.”

Acrescenta a Assessoria da CEF: “Não é preciso madrugar nas filas e todas as pessoas que comparecem às agências no período compreendido entre 8h e 13h são atendidas no mesmo dia. Elas recebem senhas e, mesmo com as unidades fechando às 13h, o atendimento continua até o último cliente.”

Posição municipal

A pedido desta FOLHA, a Assessoria da Prefeitura informou em 1o /12 que de fato a organização da fila dos bancos – no caso da Caixa e também da fila no Mercantil/Palmeiras – “é de responsabilidade de cada uma dessas instituições”. Independentemente disso, diz a nota, “fiscais da Prefeitura já orientaram, por diversas vezes, as extensas filas”.

Segundo o informe municipal, com a edição do decreto de 27/11, a Administração Municipal está reforçando a fiscalização, tendo ocorrido reunião com o pessoal de Posturas e da Vigilância Sanitária na tarde de 1o /12 para sistematizar a abordagem.

Já naquela manhã, os fiscais percorreram a fila da Caixa e também diante do saguão da Prefeitura, onde terminava o prazo de inscrição em processos seletivos simplificados dos setores de Saúde e Educação.

Fonte: Folha de Ponte Nova

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