Itaú se nega a negociar plano de saúde dos aposentados

Banco não aceitou renovar o comitê gestor de saúde, fórum que era integrado por representantes dos trabalhadores e do banco para tratar questões relativas ao tema.

Bancários aposentados do Itaú estão enfrentando dificuldades para arcar com os altos valores do plano de saúde. Conforme informa o Sindicato dos Bancários de São Paulo, uma parte deles conseguiu, por meio de liminares na Justiça, a redução das mensalidades. Contudo, algumas decisões estão mudando o entendimento e derrubando as decisões provisórias. Com isso, o Itaú entrou com ações judiciais cobrando a devolução dos valores retroativos que haviam sido reduzidos por decisões liminares da Justiça, e que em alguns casos chegam a R$ 60 mil.

Diante deste cenário, os aposentados estão procurando o movimento sindical para cobrar a inclusão desta questão na pauta de discussão com o banco. Contudo, o Itaú não aceitou renovar o comitê gestor de saúde, fórum que era integrado por representantes dos trabalhadores e do banco para tratar questões relativas ao tema. “Trata-se de uma atitude oportunista e irresponsável por parte do Itaú com os trabalhadores que tanto contribuíram para que o banco chegasse onde está hoje”, avalia a dirigente sindical Vandira Martins de Oliveira.

Cabe destacar que os aposentados só entraram na Justiça porque o aumento aplicado ao plano de saúde chega 300%. “Essas pessoas dedicaram suas vidas para o banco por mais de 30 anos, e quando chegam à velhice, na hora em que mais precisam do plano de saúde, as mensalidades ficam impagáveis, e justamente quando a renda deles diminui por conta da aposentadoria. Para completar, o banco ainda cobra na Justiça a devolução dos valores que foram reduzidos por meio de decisões judiciais”, critica o dirigente sindical de São Paulo Carlos Damarindo.

Além de repassar os altos valores para os aposentados, o Itaú ainda passou a cobrar o valor de mercado para os funcionários contratados a partir de outubro de 2015. Para tornar as coisas ainda piores, muitos trabalhadores oriundos dos bancos comprados pelo Itaú não têm direito à previdência fechada, porque a empresa não abriu mais essa possibilidade. Com isso, os altos custos das mensalidades do plano de saúde pesam ainda mais para os aposentados que só contam com as pensões do INSS. O movimento sindical cobra a reabertura das negociações com o banco a fim de discutir essas questões.

Fonte: Movimento Sindical com informações do SP Bancários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *