Juro do Cheque Especial sobe e passa de 310%; Rotativo do Cartão vai a 285%

Os juros do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial subiram de novembro para dezembro de 2018, mas caíram em relação a dezembro de 2017. As taxas continuam num patamar elevado. No caso do cheque especial, os juros passam de 310% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em seu menor patamar histórico, a 6,5% ao ano.

Em média, os juros do rotativo passaram de 279,8% ao ano, em novembro, para 285,4% ao ano, em dezembro. Em dezembro de 2017, a taxa média era de 332,1% ao ano.

No cheque especial, os juros subiram de 305,7% ao ano, em novembro, para 312,6% ao ano, em dezembro. No mesmo mês de 2017, era de 323% ao ano.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (29) pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Confira a variação das modalidades de crédito: 

Rotativo do cartão de crédito: de 279,8% ao ano em novembro para 285,4% ao ano em dezembro 
Cartão de crédito parcelado: de 161,5% ao ano em novembro para 158,9% ao ano em dezembro 
Cheque especial: de 305,7% ao ano em novembro para 312,6% em dezembro 
Crédito pessoal não-consignado: de 122,9% ao ano em novembro para 107,3% ao ano em dezembro 
Crédito pessoal consignado: de 24,3% ao ano em novembro para 24,2% ao ano em dezembro 
Compra de veículos: mantida em 21,7% ao ano em dezembro 
Financiamento imobiliário: mantida em 7,8% ao ano em dezembro. 

Mudanças no cheque especial 
Desde julho do ano passado, pessoas que usarem mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos devem ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.

A medida foi anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em abril. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.

Novas regras do cartão 
Em relação ao uso do cartão, o consumidor só pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual você define o número de prestações na hora da aquisição. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim altos.

Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa bola de neve.

Rotativo do cartão de crédito

Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 268% ao ano 
alta na comparação com novembro (255,6%)
alta em relação a dezembro de 2017 (237,3%)
Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 297,7% ao ano
alta na comparação com novembro (296,8%)
queda em relação a dezembro de 2017 (395,1%)
Média (considera as duas opções acima): 285,4% ao ano
alta na comparação com novembro (279,8%)
queda em relação a dezembro de 2017 (332,1%)
Parcelamento da fatura do cartão de crédito: 158,9% ao ano
queda na comparação com novembro (161,5%)
queda em relação a dezembro de 2017 (169,2%) 

Fonte: UOL

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