Em assembleia realizada na última segunda-feira, dia 19 de setembro, na Galeria dos Empregados do Comércio, os bancários do Rio de Janeiro aprovaram uma moção de repúdio contra a Ação Civil Pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).
A ação judicial requeria “o restabelecimento imediato, durante o expediente bancário, de um efetivo mínimo de 30% dos funcionários nas agências conveniadas com órgãos do poder judiciário em todo o Rio de Janeiro”. A alegação da Ordem era de que a greve “estaria impedindo o exercício da advocacia” e que a decisão da Justiça seria necessária ” para o cumprimento dos mandatos judiciais de pagamento dos valores depositados em contas judiciais”.
Direito assegurado
Por decisão do juiz titular Robert de Assunção Aguiar, da 60ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no último dia 19 de setembro, a solicitação da Ordem só foi atendida em relação à duas agências em todo o município: uma da Caixa Econômica Federal, na Rua do Lavradio, no prédio da Justiça do Trabalho e outra do Banco do Brasil, no Fórum Central, na Av. Erasmo Braga.
Caberá unicamente às instituições bancárias, comprovarem, num prazo de cinco dias, o cumprimento da decisão. O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro considera a decisão uma vitória da categoria, já que a mesma em nada afeta a greve nacional dos bancários.
Reafirmamos a garantia de nosso direito constitucional e a continuidade desta greve, que é legítima, legal, pacífica e exitosa e cuja adesão nacional já é a maior da história. Desta forma, consideramos que seria muito mais coerente que a OAB cobrasse da Fenaban, um esforço na negociação para o fim do impasse, já que o setor financeiro é o mais lucrativo do país e os bancos são os responsáveis pela extensão da greve, por insistir em negar as justas e plausíveis reivindicações dos trabalhadores.
Fonte: Seeb Rio