(Foto)Rodrigo Maia (centro) comemora eleição para presidente
A eleição do democrata Rodrigo Maia, para a presidência da Câmara dos Deputados, radicaliza o projeto neoliberal, fortalece a gestão fiscalista, amplia o desmonte do Estado e agrava os ataques aos direitos e conquistas trabalhistas.
A análise – exclusiva para a Agência Sindical – é de Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
Principais trechos:
É liberal, tem ideologia – “Rodrigo Maia não é baixo clero. É um quadro liberal formado. Tem ideologia. Basta lembrar que foi funcionário do banco Credit Suisse e ali formou sua concepção sobre economia e o Estado”.
É privatista – “Na medida de sua formação liberal, o novo presidente possui uma visão crítica do Estado e fará o possível para acelerar as privatizações. A Petrobras entra na linha de liquidação”.
É fiscalista – “Será um aliado efetivo de Temer para implementar teto de gastos públicos, cortes em programas sociais e ajuste fiscal de corte neoliberal”.
Pauta regressiva – “Maia não deverá apressar matérias da pauta regressiva do ‘Centrão’, contra minorias, homossexuais, mulheres etc., que teria alguma chance com Rosso. Ele focará as questões mais de peso e decisivas para o mundo dos negócios e da alta política”.
Ponte para o tucanato – “Com Maia, o projeto tucano de poder, no que diz respeito a privatizações e desregulamentação trabalhista, ganha peso. Seu primeiro gesto, de ir ao gabinete do senador Aécio (PSDB-MG) agradecer o apoio é autoexplicativo”.
Ponte para a Câmara – “Rodrigo Maia presidente finca na Câmara, com força, o outro pilar do ‘Uma Ponte para o Futuro’ – o plano neoliberal de Michel Temer”.
Reforma trabalhista – “Com sua eleição, ganha força tudo o que possa representar facilidade para os negócios, inclusive a prevalência do negociado sobre o legislado”.
Reforma da Previdência – “Por representar possibilidade de corte de gastos públicos, terá apoio de Rodrigo Maia, que é um liberal fundamentalista”.
Terceirização – “A terceirização terá completa simpatia do novo presidente da Câmara, até porque o presidente Temer também tem interesse”.
Fonte: Agencia Sindical

