Metade dos empresários não acreditam em mais empregos

Levantamento identificou que apenas 48% dos empregadores acreditam que mudanças propostas por Temer levarão a aumento da oferta de vagas.Emprego -Ou voces descem dessa CLT ou ficam sem emprego

Nem mesmo os empresários acreditam que a reforma trabalhista levará ao aumento do emprego no país. Levantamento realizado pelo Datafolha identificou que menos da metade (48%) dos empregadores acreditam que as mudanças na legislação trabalhista acarretarão no crescimento da oferta de vagas.

Entre os empresários entrevistados, 68% avaliam ainda que os trabalhadores perdem direitos com a reforma trabalhista.

Terceirização
A pesquisa avaliou também as expectativas do empresariado com a lei da terceirização, sancionada por Michel Temer em 31 de março. Para 27% dos empregadores, haverá redução da remuneração com a nova lei. Já 15% esperam aumento nos salários.

Sobre o impacto da ampliação da terceirização em produtos e serviços, 66% disseram acreditar na elevação dos preços ao consumidor.

O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2017, com 2.781 entrevistas, entre trabalhadores e empresários, em 172 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Para 64%, reforma trabalhista beneficia os patrões 
Levantamento revelou ainda que apenas 34% das pessoas acreditam que mudanças na CLT propostas por Temer aumentarão criação de empregos. A maior parte dos brasileiros (64%) acredita que a reforma trabalhista, proposta por Temer, beneficia mais os patrões que os trabalhadores. O dado foi revelado por pesquisa Datafolha divulgada no dia 1º de maio.

Apenas 34% dos entrevistados responderam que acham que a reforma trabalhista vai aumentar a criação de empregos no país. Já outros 31% acreditam que não haverá mudança e igual parcela avalia que as mudanças provocarão o fechamento de vagas. Entre trabalhadores assalariados, com registro em carteira, apenas 29% responderam que haverá crescimento no número de postos de trabalho.

Direitos
Para 58% dos pesquisados, a reforma trabalhista vai retirar direitos dos trabalhadores. O percentual sobe para 66% entre assalariados com registro em carteira. Outros 21% acreditam que não haverá mudança em relação aos direitos e apenas 11% acreditam que os direitos vão aumentar.

Negociado sobre legislado
A pesquisa também avaliou a proposta de que negociações entre empregados e patrões tenham mais valor que a legislação trabalhista. Somente 30% dos entrevistados preferem que fatores como jornada, férias e banco de horas sejam regulados por acordos diretos, como prevê a reforma. Para outros 60%, é preferível que a regulação seja feita por força de lei.

Terceirização
Sobre a lei da terceirização, sancionada por Temer em 31 de março, a pesquisa apurou que 63% dos entrevistados acreditam que a sua aprovação beneficia mais patrões do que empregados. Para 44% não haverá impacto nos salários. Já outros 35% avaliam que a remuneração será reduzida. Apenas 17% esperam aumento nos rendimentos dos trabalhadores.

O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2017, com 2.781 entrevistas, entre trabalhadores e empresários, em 172 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Seeb SP

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