Enquanto o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, peregrina entre gabinetes no Congresso em prol de uma mudança nas leis que garanta a prisão após condenação em segunda instância, o seu ministério fez uma opção que destoa do seu discurso. Uma empresa declarada inidônea pelo Tribunal de Contas da União (TCU), depois de recorrer, venceu uma licitação milionária na pasta.
No dia 27 de novembro, uma empresa foi contratada para prestar diversos serviços, como fornecimento de mão de obra, apoio operacional, atividades de carregador, almoxarife e motorista. Essa companhia, porém, foi considerada inidônea pelo Tribunal de Contas da União (TCU) um mês antes do pregão eletrônico ser realizado.
A decisão da Corte de Contas ocorreu em 23 de outubro, mas a R7 Facilities – Serviços de Engenharia Eireli recorreu e aguarda o trânsito em julgado da questão. A primeira condenação nesse caso foi em abril. Ou seja, ela havia sido condenada em um processo em duas etapas.
Os ministros do TCU haviam declarado a R7 Facilities – Serviços de Engenharia Eirelli inidônea por um ano em abril de 2019 por apresentação de documento falso em certame do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A companhia usa também o nome Ricardo de Souza Lima Caiafa Manutenções e Serviços Ltda, conta com aproximadamente mil funcionários e havia declarado ser “pequena”.
Fonte: Metrópolis

