A Funcef ainda não adotou nenhuma medida para aliviar o peso dos empréstimos no bolso dos participantes durante a pandemia de Covid-19. Estudo técnico da consultoria Ermida indica que a taxa de juros poderia ser reduzida em cerca de 2 pontos percentuais preservando a sustentabilidade da carteira. Atualmente, a taxa chega a 2,4%, superior à meta atuarial.
Outras medidas simples também poderiam ser tomadas pela Fundação em relação ao Credplan, como a suspensão do pagamento das parcelas por 90 dias e estabelecer o prazo de 90 dias para o vencimento da primeira parcela de novas concessões.
O alto endividamento é apontado com um dos principais problemas dos trabalhadores aposentados e ativos da Funcef. Ainda leva a diversos transtornos mentais, a exemplo de preocupação excessiva, angústia, ansiedade e depressão.
A única medida tomada pela entidade até o momento foi abrir a possibilidade de refinanciar três meses de cobrança das parcelas, o que estende o prazo e, consequentemente, o valor do empréstimo.
Vale ressaltar que em dezembro de 2019, a Fundação restringiu, antes do fim definitivo do convênio com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em cerca de 50% a margem consignável do Credplan. A atitude deixou muitos aposentados e pensionistas sem crédito.
Fonte: Movimento Sindical