Vanuza, do MST: Flávio Rocha representa a hipocrisia da elite!
Mulheres dão nome aos bois que “que patrocinaram o golpe, exploram os trabalhadores e trabalhadoras e se apropriam dos recursos públicos” (Crédito: MST)
Cerca de 800 mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) ocuparam e paralisaram a produção do Grupo Guararapes, em Extremoz, no Rio Grande do Norte, a 23 km da capital Natal, na manhã desta quinta-feira (8). A ação faz parte da Jornada Internacional de Luta das Mulheres.
A empresa pertence ao empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo. De acordo com Vanuza Macedo, dirigente nacional do MST, Rocha “representa a hipocrisia do empresariado brasileiro que saqueia direitos aliado a políticos como Rogério Marinho (PSDB), relator da reforma trabalhista”.
Em inúmeras ocasiões, Flávio Rocha já defendeu diversas propostas do governo golpista de Michel Temer (MDB), como as reformas trabalhistas e da Previdência. Além disso, o empresário se posicionou como um dos principais críticos ao governo Dilma Rousseff e, nos meses que antecederam o impeachment, aumentou o tom. Em uma entrevista, declarou que o afastamento de Dilma recolocaria, já nos primeiros dias, o país novamente nos trilhos.
Em 2016, a Riachuelo foi condenada por submeter costureiras a trabalho análogo à escravidão. Uma das trabalhadoras denunciou maus-tratos que incluíam abusos físicos e psicológicos em razão das pressões para confeccionar as peças.
Neste contexto, Vanuza Macedo destaca que “desde a década de 1950 seu grupo empresarial se beneficia de isenções fiscais, sendo financiado pelo poder público. Entre 2009 e 2016, em período de crise econômica no Brasil, sua empresa chegou a receber financiamento público de R$ 1,4 bilhão”.
A dirigente nacional do MST se refere ao financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedido ao grupo Guararapes durante o governo petista. Neste período, as empresas de Flávio Rocha também foram beneficiadas com isenção de até 75% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) na construção de fábricas no Ceará e no Rio Grande do Norte.
Para Cláudia Lopes, da Marcha Mundial das Mulheres, as trabalhadoras darão “nome aos bois” neste 8 de março, denunciando “os que patrocinaram o golpe, exploram os trabalhadores e trabalhadoras e se apropriam dos recursos públicos, principalmente em um momento em que o cortes e a retirada de direitos é justificada por um rombo na receita”.
*Com informações da Página do MST
Fonte : Conversaafiada
Dono da Riachuelo chama mulheres que pararam sua fábrica de “vagabundas”
O dono da rede de lojas Riachuelo e presidenciável Flávio Rocha disse que não irá se deixar intimidar após um grupo de mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ocupar uma fábrica do grupo Guararapes, do qual ele é presidente, em Natal (RN) e paralisar a produção por cerca de duas horas.
“Quero dar um recado a esse grupo de vagabundos, que querem me intimidar, que não vão conseguir. Só aumentam minha disposição de luta para que o Brasil tenha um presidente que feche a torneira de dinheiro público para esse grupo de terroristas”, afirmou o empresário.
Fonte : Brasil 242
