Um reconhecimento de fachada. É assim que parece o discurso do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao dizer que reconhece o esforço dos gerentes gerais durante a pandemia de Covid-19, mas, ao mesmo tempo, limitou o home office dos GGRs (Gerentes Gerais de Rede) a apenas dois dias por mês. Desta forma, os empregados ficam impossibilitados de participar do rodízio.
Depois de meses de cobrança do movimento sindical, a Caixa anunciou que os GGRs terão 10 dias de compensação, como se fosse um benefício oferecido pela empresa. Na prática, os trabalhadores não registram a jornada de trabalho, não receberam horas extras por extrapolarem a jornada durante a semana, que muitas vezes passa de 12 horas diárias, nem pela abertura das agências aos sábados e feriados.
O fim do trabalho ao sábado e a devida remuneração dos GGRS são compromissos antigos, mas a atual gestão da Caixa tenta criar exceções e abusos. Deixou o gerente geral sem registrar o ponto no ano passado. No entanto, a marcação para os gestores a PLR e PLR Social são fruto da mobilização das entidades representativas.
No Acordo Coletivo de Trabalho 2020/22, o governo Bolsonaro e o Pedro Guimarães mostraram que entendem por reconhecimento e limitaram em três remunerações base a PLR. Ainda escancararam a verdadeira face privatista, pois pretendem pagar bônus caixa e usar os empregados para comprar as ações das subsidiárias do banco. Absurdo atrás de absurdo.
Fonte: Movimento Sindical

