Nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar

Imposto, tributoEspecialista em finanças, orçamento e gestão pública do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o economista Gabriel Leal de Barros postou na rede um vídeo emblemático. Nele, a ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher dá a receita de como gerir as receitas públicas com seriedade. É uma lição deixada no passado para aquelas suas colegas que no futuro – ou seja, nos dias de hoje – promoveriam uma verdadeira farra com os impostos pagos pelo cidadão, seja no âmbito municipal, estadual e, principalmente, federal.

O vídeo do discurso da Dama de Ferro ensina: “Não nos esqueçamos de que o estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham por si próprias. Se o estado deseja gastar mais, só pode fazê-lo tomando emprestado sua poupança ou cobrando mais tributos. E não adianta pensar que alguém irá pagar. Esse alguém é você [contribuinte]. Não existe dinheiro público. Existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos.

A prosperidade não virá por inventarmos mais programas de gastos públicos. Não se enriquece por pedir outro talão de cheques ao banco. E nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação seja gasto com sabedoria. Proteger a carteira do cidadão, proteger os serviços públicos, essas são as nossas duas maiores tarefas”.

Este sábio discurso de Thatcher conflita com o momento que vivemos no país em que o Governo Federal anuncia um pacote de maldades e impostos para elevar em R$ 20,63 bilhões a arrecadação do país. Alta do PIS/Cofins e a volta da Cide sobre combustíveis, o consequente aumento do preço da gasolina nas bombas, além de uma facada no IOF e a tributação nas pequenas empresas, enquanto que uma grande empresa como a Petrobras reflete todo o escárnio com que as empreiteiras tratam a economia do país.

Gabriel Leal de Barros classifica as palavras da ex-ministra Thatcher como um discurso de alto nível, de alguém que não vive ilusão fiscal e sabe que o Governo precisa controlar seus gastos, ao contrário deste “enorme destrambelho político e econômico” promovido pela equipe econômica do Governo, que não protege a carteira do cidadão – ao contrário do que recomendou a Dama de Ferro.

Que ecoe a frase dita por Thatcher: “Nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar”.

Fonte: Jus Brasil

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