Elas dizem não para as Reformas da Previdência e Trabalhista e à terceirização sem limites
Mulheres ganham 30% menos que homens, trabalham até cinco horas a mais na semana, são maioria dos desempregados e sustentam 39% das famílias. Isso explica a razão de terem alcançado, com muita luta, o direito de se aposentar cinco anos antes, conquista que o governo Temer quer extinguir com a reforma da Previdência (PEC 287).
No 8 de março, Dia Internacional da Mulher, mulheres de todo o mundo se levantam por direitos, igualdade e o fim da violência contra a mulher. No Brasil, trabalhadoras irão para às ruas para barrar a reforma da Previdência proposta pelo governo ilegítimo Michel Temer. Nesta a data, também, será marcada por atos contra a PEC 287.
O projeto de Temer atende a dois grandes propósitos: prolongar ao máximo o acesso e reduzir o valor do benefício.
As mulheres serão as principais afetadas com a proposta que desvincula o salário mínimo do benefício, equipara a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Se quiser receber o beneficio integral, a trabalhadora ou o trabalhador terá que contribuir durante 49 anos pelo teto do INSS.
A desigualdade de gênero na sociedade e no mundo do trabalho impacta diretamente na aposentadoria, mas foi ignorada quando as novas regras foram pensadas. As mulheres têm salários menores, trabalham mais, não tem oportunidades de promoção iguais aos dos homens. Além disso, elas estão nos empregos mais precários e ainda são elas, na grande maioria das vezes, as responsáveis pelos cuidados com a família e as tarefas domésticas.
Além do desmonte da Previdência, outras ameaças vindas de Brasília prejudicarão especialmente as mulheres, como os projetos da reforma trabalhista e a da terceirização sem limites, prestes a serem votados e aprovados no Congresso Nacional.
A ideia é acabar com suas férias de 30 dias, aumentar sua jornada, ampliar indefinidamente os contratos de trabalho temporário, tirando até os direitos ao FGTS e ao seguro desemprego da classe trabalhadora e regular a terceirização para todas as atividades.
O único jeito de barrar esses retrocessos é ir para as ruas e praças do país e denunciar o que este governo ilegítimo quer impor para a classe trabalhadora, especialmente às mulheres.
O dia 8 de março é a principal data de mobilização do calendário feminista e, este ano, em especial. As mulheres vão para rua dizer que são contra as reformas da Previdência e Trabalhista e não vão aceitar a terceirização sem limites.
As mulheres negras, rurais e as professoras sofrerão ainda mais os impactos dos desmontes que acontecerão se não houver mobilização para retirada destas pautas no Congresso Nacional. O movimento Sindical também convoca todas as mulheres à reagirem contra a Reforma se não quiserem morrer trabalhando.
Fonte: Movimento Sindical

