O banco Santander comunicou clientes que, a partir de segunda-feira (4), suas “lojas” voltarão a atender o público até às 16h. Os gestores foram orientados a, nesta quinta-feira (30), afixar cartazes informando a alteração do horário, que volta a ser o mesmo de antes da pandemia: das 9h às 10h para atendimento exclusivo para o público prioritário e das 10h às 16h para o público em geral.
O Movimento Sindical lamentou que, mais uma vez, o banco tomou uma medida que tem consequências diretas no dia a dia de trabalho sem negociar com a representação dos trabalhadores, em desrespeito ao que determina o acordo coletivo que o banco tem firmado com o movimento sindical.
O Comitê de Relações Trabalhistas, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho firmado entre o banco e seus funcionários, define que as demandas do Santander e dos empregados, que não tratem de questões econômicas e de interesse local dos sindicatos, deverão ser encaminhadas através do Comitê.
Pioneiro
A volta da abertura das agências até às 16h era uma pauta que estava sendo debatida entre os bancos que fazem parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não houve consenso e o encaminhamento foi de que a medida seria tomada de forma individual.
O Santander, como sempre, é o pioneiro entre os bancos nestas questões que podem causar algum dano aos trabalhadores. O banco não tem medo de mostrar que não se importa com o que possa acontecer com seus funcionários. A única coisa que importa é o lucro.
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração dessa modalidade neste período de pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário e feitos vários recortes na pesquisa, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram a modalidade em home office (23%). Chamou a atenção o fato de que o banco que menos colocou trabalhadores em teletrabalho foi o que mais teve registros de contaminação.
Fonte: Movimento Sindical

