O governo Bolsonaro quer liberar mais saques emergenciais do FGTS. A medida que coloca em risco a sustentabilidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Além de proteger o trabalhador, o FGTS se trata de uma importante fonte de investimentos para áreas sociais.
O problema é que com as constantes retiradas, os recursos destinados às áreas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana vêm diminuindo. Os saques do FGTS começaram a ser liberados a partir de 2016, no governo de Temer, para contas inativas até dezembro de 2015.
Já com Bolsonaro, o esvaziamento continua através das novas modalidades de saque aniversário e emergencial. Para se ter ideia da situação preocupante, segundo o site oficial do Fundo, os recursos disponibilizados para o saneamento tiveram queda de cerca de 40% entre 2018 e 2020. Para habitação, a redução foi de R$ 14,5 bilhões, saindo de R$ 48 bilhões em 2020, para R$ 33,5 bilhões neste ano.
A liberação de novos saques não salva a economia nacional e nem resolve os problemas dos trabalhadores desempregados e informais. O governo tem de adotar políticas públicas ao invés de implementar medidas paliativas que só pioram a situação do país.
Fonte: Movimento Sindical