Por que defendemos o fortalecimento das empresas públicas em setores estratégicos da economia como petróleo e gás, energia e finanças
Os que defendem as privatizações argumentam que as empresas estatais são focos de ineficiência e corrupção, e que sua venda resolverá o problema do déficit nas contas públicas. Mas a realidade é que as estatais, quando bem administradas, desempenham função essencial no desenvolvimento social e na soberania nacional.
As estatais viabilizam grandes investimentos de longo prazo que não interessam ao capital privado, por não oferecerem retorno financeiro considerado satisfatório por empresas que visam exclusivamente o lucro. Também oferecem serviços vitais para a existência e o bem estar da população e para a soberania nacional.
Dentre eles estão bancos; captação, tratamento e distribuição de água (mais de 800 companhias privatizadas de saneamento básico em cidades de todo o mundo estão sendo reestatizadas); produção de combustíveis e energia elétrica.
Além disso, as estatais asseguram um nível de concorrência adequada (oferta e preço) em mercados concentrados. Um exemplo é o setor bancário brasileiro, operado por apenas cinco grandes bancos, dentre os quais, um é 100% público (Caixa) e outro de economia mista (Banco do Brasil).
As empresas públicas também investem em ciência, tecnologia e inovação; e atuam como instrumento de políticas anticíclicas – novamente aqui temos o caso da Caixa Econômica Federal e do BNDES, que atuaram fortemente durante a crise do sistema financeiro internacional surgida em 2007, concedendo crédito acessível à população e ao setor produtivo com o objetivo de fomentar a economia.
Fonte: SPBancários


