Temer quebra a Caixa e a mídia põe a culpa em empréstimo na era Lula/Dilma: A liberação do FGTS que destruiu a estatal.
É impressionante como a mídia continua passando atestado de burrice para a sociedade. O pior é ver a classe média caindo nesse conto. A Caixa Econômica Federal, que agora é o novo alvo da Lava Jato, tem como principal cliente, o próprio governo federal, hoje, mesmo após a descapitalização de mais dr R$ 46 bilhões, o governo continua como 36% das operações do Banco. Obviamente, esse valor era percentualmente maior, antes da liberação desastrada das contas do FGTS.
Assim, a Folha de São Paulo publicou uma matéria, hoje (21/02), que afirma a necessidade de reduzir o tamanho da Caixa. Nela, o jornalista faz um malabarismo enorme, para explicar que a ampliação da concessão de empréstimos, que tornou o banco estatal, o maior do Brasil, foi o motivo de sua quebra. Porém, não leva em conta, que a ampliação de operações de empréstimos resulta em retorno certo à instituição. De forma simplista, se operações de crédito fossa ruim, os bancos não ligariam para seus cliente oferecendo um mundo de “oportunidades” para “realizar seus sonhos”. Ou seja, empréstimo é sinônimo de lucro e a ampliação das operações de crédito durante o governo Lula e Dilma resultaram do forte crescimento econômico do período.
O que quebra um banco? A resposta é o mais óbvio e simples possível, a perda de capital. Quando isso aconteceu? Em 2017, com a liberação desastrada do FGTS inativo, que se transformou numa das maiores operações bancárias com motivação política da história do país. Para se ter uma ideia do desastre, o valor liberado pelo FGTS representa aproximadamente 30% de toda a carteira de crédito do Banco Santander no Brasil.
Então, o que quebrou a Caixa não foram os anos petistas, mas um ano e meio de Michel Temer, que age comprando tudo e todos, para se manter no poder. Compra deputados com emendas parlamentares e compra a população com a liberação de R$ 46 bilhões do Fundo de Garantia, que serve, entre outras coisas, financiar o programa de financiamento habitacional. Interessante que, ao mesmo tempo que a Caixa agoniza, ela reduza o setor de FGTS e cancele a concessão de financiamentos habitacionais em diversas modalidades, uma delas, o Minha Casa, Minha Vida categoria 1 (a dos mais pobres).
O que se encontra na centralidade desses ataques é pertença “necessidade” de abrir o capital da Caixa para o mercado financeiro. A Lava Jato, nesse aspecto, tem se mostrado cirúrgica, desmontou o parque de indústria pesada do Brasil, incluindo petróleo, construção civil, eletronuclear e de pesquisa científica. Agora, parte para uma das poucas possibilidades de reconstrução das ruínas, o maior banco do Brasil, o único totalmente estatal e o maior fornecedor de crédito do país, a Caixa Econômica.
Na outra ponta, o governo descapitaliza o banco ainda mais, liberando o PIS e negando fundos para sanear a Caixa. A mídia joga a culpa no Lula, a direção é substituída por um corpo “técnico” e dá-se a redução com venda de ativos da empresa e um programa de demissão voluntária. Dependendo de quem entrar em 2019, como Presidente da República, pega a massa falida da Caixa e abre o capital ou privatiza. O mesmo serve para as demais estatais, incluindo a Petrobras.
Fábio St Rios – Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio.
Fonte ; A Postagem

